terça-feira, 22 de junho de 2010

Concerto do dia 23 deJunho de 2010



Alessandro Borgomanero,violino
Luciano Pontes, viola
David Gardner, violocelo
Lyubomir Popov, contrabaixo
Ana Flávia Frazão, piano

Goiânia, 9h20, 23 de abril de 2010
Teatro da EMAC - UFG
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F.Schubert (1797-1828)

Quinteto para piano, violino, viola, violoncelo e contrabaixo em La maior, D 667

“A Truta”

Allegro vivace
Andante
Scherzo
Andantino
Allegro giusto
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Alessandro Borgomanero, nascido em Roma formou-se com o título de Mestre em 1992, na Escola Superior de Música "MOZARTEUM" de Salzburg, na classe do violinista Ruggiero RICCI. Continuou seus estudos com renomados violinistas como Boris BELKIN (Accademia Chigiana, Siena), Salvatore ACCARDO (Cremona) e Rodolfo BONUCCI (Santa Cecília, Roma). Em duo com violino e piano, e como integrante do Quarteto MOZARTEUM, obteve elogios do público e da crítica especializada em tournées por diferentes países como: Áustria, Escócia, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Perú, Argentina, Uruguai e Brasil. Apresentou-se em salas de concerto importantes como no “Grosses Festspielhaus” em Salzburg, “Musikverein” de Viena, “Palao de la Musica” Barcelona, no “Tivoli” em Copenhagen, “Alte Oper” de Frankfurt, “Bunkakaikan” e “Pablo Casals Hall” em Tóquio, no Teatro Olímpico de Roma, no “Teatro Colon” em Buenos Aires e na Sala São Paulo. Gravou vários programas para a rádio e televisão como a BBC de Edinburgo, NHK de Tóquio, a ORF de Salzburg e para a RAI Italiana. Vive em Goiânia desde 1999 onde é professor de violino na Universidade Federal de Goiás. De 2003 a 2007 foi diretor artístico e regente titular da Orquestra de Câmara Goyazes onde liderou a orquestra em mais de 90 concertos por vários estados brasileiros. Em 2006 lhe foi outorgado pelo Governo do Estado o título de “Comendador da Ordem do Mérito Anhanguera” como reconhecimento pelas suas realizações na área da música erudita em Goiás. Para a temporada de 2010 foi convidado para assumir o cargo de spalla da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília.



Luciano Pontes, diplomou-se em violino em 2005, com o título de Bacharel em Música - Habilitação em Violino, pela Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, na classe do Prof. Alessandro Borgomanero. Participou de vários cursos e master classes com renomados violinistas, tais como: Rodolfo Bonucci, Evgenia Popova, Paulo Bosisío, Daniel Guedes, Ruben Aharonian, Albrech Breuninger, Lavard Skou Larsen. Carmelo De Los Santos. Entres as orquestras que se apresentou como solista destacam-se: Orquestra Sinfônica de Goiânia, Sinfônica de Professores do CEP em Artes Basileu França, Sinfônica Jovem de Goiás, Sinfônica da Bahia, Orquestra de Câmara Goyazes e Orquestra de Câmara da UFG. Ganhou vários prêmios destacando-se: os primeiros lugares no X Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio, IV Concurso Nacional para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica da Bahia, Concurso Público para a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília na categoria violino; o Prêmio ''Música Viva'', recebido do Maestro Ira Levin pelo seu bom desempenho como spalla da Orquestra Acadêmica do I Festival Internacional de Inverno de Brasília. Em 2007 freqüentou as aulas da Academia da OSESP, na classe de violino do prof. Emanuelle Baldini, e se apresentou em inúmeros concertos como violinista convidado junto a esta orquestra, inclusive gravando obras importantes do repertório sinfônico sob a direção do Maestro John Neschling. Atualmente alterna as atividades como spalla da Orquestra de Câmara Goyazes, spalla convidado da OEMT, e cursa o Mestrado em Música na UFG.


David Gardner, estudou violoncelo com Maude Tortelier, Richard Markson, Lowri Blake e David Fletcher. Graduado na faculdade Trinity College of Music em Londres com honras da “primeira classe” em 2000, no qual fora lhe concedido medalha de ouro. Deu continuidade a seus estudos na Holanda com Jeroen den Herder. Fundador do quinteto de cordas “Britton”, tocou em diversas orquestras dentre elas: Royal Phiharmonic Orchestra em Londres, orquestra de Welsh National Opera, orquestra de Hálle e da BBC Philharmonic. Executou como solista e músico da câmara diversos trabalhos nas salas do concertos da Europa, incluindo o Royal Festival Hall e o Wigmore Hall. Em 2005 foi convidado a participar da construção da orquestra do estado de Mato Grosso, no qual executou mais de 400 concertos em vinte e dois estados. David é Professor ativo e diretor do projeto “Amazon Riffs” lançado no Reino Unido em 2006. Da oportunidades para músicos brasileiros tocar com músicos britânicos em oficinas educacionais, sobre temas e estilos Brasileiros. Em 2009, David exerce posição de violoncelista Co-Principal da Orquestra do Teatro Nacional Claudio Santoro em Brasilia, residindo em Goiania. Os compromissos futuros incluem recitais em Manchester, Londres e no Rio de Janeiro assim como uma turne orquestral na Italia em janeiro.


Lyubomir Popov, graduado pela Academia de Artes e Música de Viena, Áustria (professor mag. Josef Niederhammer), graduado pela Academia de Música de Sófia, Bulgária (professor Todor Toschev). graduado pela Escola de Música de Stara Zagora, Bulgária (professores: Iana Alexieva e Alexander Samardgiev). Participou de Operetas de Wiener Volksoper (Viena, Áustria), concertos com Orquestra Sinfônica de Rádio e Televisão de Viena, Áustria; turnê em Ohrid, Macedônia; Festival de Ópera e Música Sinfônica, em Salzburg, Áustria, Orquestra de Câmara de Wiener Symphoniker, entre outras. Em 1995 atuou em concertos e operetas como principal contrabaixista no Teatro Municipal de Baden, Áustria e concertos com “Wiener Walz Orchestra”. Em 1987 foi primeiro lugar no Concurso Nacional “Kjustendil’87”, Bulgária. E em 1985 foi primeiro lugar no Concurso Nacional “Provadia’85”, Bulgária. De 2003 a 2005 participou dos concertos com orquestras de câmara apresentando composições de Franz Schubert, Sergej Prokofiev, Paul Hindemith, entre outros e desde 2007 tem atuado pela orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso.


Ana Flávia Frazão, natural de Goiânia, graduou-se pela Escola de Música da UFG. Na Alemanha, cursou a Escola Superior de Música de Karlsruhe, concluindo o Künstlerische Auslbildung (Mestrado) e o Konzertexamen (Doutorado), com nota máxima em todas as provas na área Piano/Música de Câmara, tendo sido orientada pelos professores Werner Genuit e Michael Uhde e bolsista da Fundação Konrad Adenauer. Detentora de vários prêmios, dentre eles o 1º lugar no Concurso JK, realizado em 1992, cuja premiação lhe valeu um concerto com a Orquestra Sinfônica de Brasília. Em 2001 obteve o 1º lugar na “Série de Concertos da Sala Barroca” em Kyoto - Japão com o Trio Augarten. Realizou várias gravações para a rádio Südwestfunk na Alemanha, e em 2004 gravou um CD pelo selo italiano “Fondazionen “com o contrabaixista Milton Masciadri.Tem realizado concertos na Europa, Japão, Estados Unidos, Argentina e em várias cidades do Brasil, sempre com grande êxito de público e de crítica. Atualmente é professora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, onde também é uma das coordenadoras do Programa “Música na Escola de Música” e do “Curso de Especialização em Performance Musical”.

Concerto do dia 16 deJunho de 2010



Coro da Graduação EMAC/UFG
e
Coro Sinfônico de Goiânia

Goiânia, 9h20, 16 de junho de 2010
Teatro da EMAC - UFG

Coro da Graduação EMAC/UFG

Tomás Luis de Victoria (1548-1611)
Ave Maria

John Bennet (1575-1614)
Weep, O meine eyes

Negro spiritual
Nobody knows (arr. Susan Kochanek)

Medley of spirituals (arr. Angelo Dias)
I got shoes
Deep river
Luana Torres, solista
Oh freedom!

Dorival Caymmi (1914-2008)
Acalanto (arr. Luis R. Borges)

Angelo Dias
Duas líricas brasileiras (Edição FUNARTE, Série de Coro Juvenil)
I. Rosa
II. Dito e feito

Angelo Dias, regente
Caroline Porto, correpetição
Coro Sinfônico de Goiânia

Heinrich Schütz (1585-1672)
Cantate Domino canticum novum

Emanuele d'Astorga (1681-1736)
Stabat mater

Stabat Mater (coro)
O quam tristis (STB)
Quis est homo (SA)
Pro Peccatis (TB)
Eja mater (coro)
Sancta mater (S)
Fac me tecum (AT)
Virgo virginum (coro)
Fac me plagis (B)
Christe (coro)

Solistas:
Soprano: Luana Torres
Contralto: Wanessa Rodrigues
Tenor: Hudson Ayres
Baixo: André Campelo

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Magnificat from Dixit Dominus and Magnificat, K.193

Solistas:
Soprano: Daniele Silva
Tenor: Michel Silveira
Baixo: André Campelo

Vinícius Guimarães, regente
Marina Machado, pianista

Prefeitura de Goiânia
Secretaria Municipal de Cultura
Orquestra Sinfônica de Goiânia

terça-feira, 8 de junho de 2010

Concerto do dia 09 de Junho 2010

Música na Escola de Música
APRESENTA
Teatro da EMAC - Campus II
9:20

ORQUESTRA ACADÊMICA
JEAN DOULIEZ
e
DANIELI NASTRI, soprano
ANDRÉ CAMPELO, barítono
EVERTON LUIZ, flauta

G. F. Haendel Ária “The Trumpet Shall Sound”


Mendelssohn Ária “
André Campelo, barítono

Geroge Gershwin “Summertime”
Danieli Nastri, soprano

Gilad Hochman Concertino para Orquestra de Cordas e Flauta obbligato (2003)
Everton Luiz, flauta

Hector Berlioz O Carnaval Romano, Op. 9




Maestro Carlos Henrique Costa

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para melhor compreender o concerto do dia 05/05/10 EMAC/UFG

A música para piano a quatro mãos

A música para piano a quatro mãos ocupa lugar de destaque no repertório camerístico de piano. Constitui-se em excelente motivação para pianistas e importante ferramenta pedagógica no ensino do piano. Porém, nem sempre este gênero tem sido suficientemente difundido e contemplado entre professores e intérpretes.
Publicações como “The Piano Duet” de Ernst Lubin , “Piano Duet Repertoire” de Cameron McGraw e “Music for the Piano” de James Friskin e Irwin Freundlich descrevem e comentam o imenso repertório para piano a quatro mãos desde Johann Christian Bach (1642-1703), passando pelas primeiras obras-primas desta literatura com as sonatas de Wolfang Amadeus Mozart (1756 – 1791), as obras didáticas de Joseph Haydn (1732-1809), o marco deste gênero, com o imenso e grandioso número de obras de Franz Schubert (1797-1828), ainda os românticos Robert Schumann (1810–1856), Felix Mendelssohn (1809-1847), Franz Liszt (1811-1886) Johannes Brahms (1833-1897), Antonin Dvorák (1841- 1904), Edvard Grieg (1843-1907); os russos Mikahail Glinka (1804-1857), Mily Balakirev (1837-1910), Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893), Petrovich Mussorgsky (1839-1881), Segei Rachmaninov (1873-1943); com os compositores da escola francesa, Georges Bizet (1838-1875), Gabriel Fauré (1845-1924), Claude Debussy (1862-1918), Maurice Ravel (1875-1937); os músicos europeus do séc. XX, Ferrucio Busoni (1866-1924), Ottorino Respighi (1879-1936), Francis Poulenc (1899-1963), Paul Hindemith (1895-1963) e os norte-americanos Samuel Barber (1910-1981), Norman Dello Joio (1913), Vincent Percichetti (1915-1987).
Guias de repertório como os já citados, oferecem, em relação ao repertório internacional, bons subsídios aos professores, pesquisadores e intérpretes interessados na música para piano a quatro mãos.
É importante notar que, na passagem do séc. XVIII para o XIX surgiram as primeiras transcrições para piano a quatro mãos, que se tornaram o principal meio de divulgação da música sinfônica, música de câmara e outros gêneros, já que nesta época não havia outros meios de comunicação como o rádio e as gravações do séc. XX. O sucesso deste repertório foi tão grande que provocou um enorme número de transcrições de outras formas musicais como: oratórios, trechos de ópera, danças populares e todo tipo de obras dedicado tanto para amadores, visando a prática doméstica de música, como para pianistas profissionais, impulsionando os compositores a escrever peças originais para este gênero.
A relevância deste momento musical é muito bem relatada por Cameron McGraw no prefacio de seu trabalho sobre o repertório de piano a quatro mãos.

“O assombroso crescimento que teve a literatura de quatro mãos a fez tornar tão popular que acabou se constituindo numa instituição social da crescente classe média. [...] O dueto de piano é um caso único onde ocorre uma performance musical de duas pessoas, usando plenos recursos de um só instrumento, podendo executar com muita eficácia uma obra escrita originalmente ou especialmente arranjada para esta formação. Além disto, possui um repertório surpreendentemente abundante e de notável diversidade.”

No Brasil, considerando que a partir de meados do séc. XIX o piano se tornou o instrumento preferido da sociedade brasileira, com o desenvolvimento da prática domestica de música em saraus familiares, certamente também surgiram os duos de piano a quatro mãos e com eles um repertório de transcrições e obras originais de nossos compositores nacionais.
Material retirado da dissertação de Mestrado: Carneiro, Gyovana - “Momentos Brasileiros para Piano a Quatro Mãos”

Concerto do dia 05 de Maio de 2010



Goiânia, 05 de Maio de 2010
Teatro da EMAC/UFG

Música na Escola de Música
APRESENTA
DUO PIANÍSTICO
CONSUELO QUIREZE / MARIA LÚCIA RORIZ


O Duo Pianístico fez sua estréia em Goiânia em 1998, onde as pianistas Consuelo e Maria Lúcia vivem e lecionam, na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.

Uma intensa atividade musical viabilizou rápido entrosamento entre elas e hoje, através de Projeto de Extensão elaborado na Universidade, dedicam-se principalmente à divulgação do repertório pianístico p/ quatro mãos , com especial enfoque para a música brasileira .

Integram o repertório do duo, obras de: Franz Scubert, Robert Schumann, Johann Christian Bach, Debussy, Dvorak, Rachmaninoff, Brahms, Carl Czerny, Moskowsky, Franz Liszt, Maurice Ravel, Gabriel Fauré, Jean Pierre Coconut e, dentre os brasileiros, Ronaldo Miranda, Heitor Villa Lobos, Edino Krieger, Francisco Mignone, Osvaldo Lacerda, Camargo Guarnieri, Ricardo Tacuchian, Fernando Cupertino e Estércio Marquez Cunha.

Intérpretes de diversas primeiras audições mundiais de obras de compositores brasileiros sendo algumas delas dedicadas ao duo, as pianistas têm se apresentado nas mais representativas salas de concerto e teatros do estado de Goiás e nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. . Em junho de 2005 agraciadas com a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera outorgada pelo governo estadual de Goiás, Consuelo e Maria Lúcia realizaram importante tournée pelas principais cidades do Canadá, divulgando principalmente a música brasileira escrita para essa formação. São membros titulares da Academia Nacional de Música e no ano de 2009 receberam do Conselho Estadual de Cultura de Goiás o prêmio de Destaque Cultural do Ano.

Antonin Dvorák Slavonic Dance, op. 72, no. 2
(1841 - 1904)


Carl Czerny Ouverture Brillante
(1791 - 1857) Para piano a 4 mãos op. 54


Aylton Escobar Seresta op. 1 (1970)
(1943-)


Astor Piazzolla Inverno Porteño
(1921 - 1992) Primavera Porteña

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Concerto do dia 28 de Abril de 2010



Múisa na Escola de Música
apresenta
Banda Pequi
Goiânia, 9h20, 28 de abril de 2010
Teatro da EMAC – UFG


Foi aproximadamente em abril de 2000 que começamos, neste mesmo auditório, os ensaios do projeto de extensão “Banda Pequi”, capitaneado por mim e meu querido amigo Alexandre Magno.
Um projeto ambicioso que procurava manter um grupo de alunos comungando com um objetivo único, que era o desenvolvimento de pesquisa e performance em música, tendo como foco a música popular brasileira.
Nesses dez anos vários sons rolaram e diversas “colcheias” foram emitidas nesse ininterrupto processo de convívio, recheados de ensinamentos e aprendizados por parte dos envolvidos.
Estamos fortalecidos com a formação do Núcleo de Música Popular Brasileira, formado pelos professores Fabiano Chagas, Johnson Machado, Tonico Cardoso, Fabio Oliveira, Everson Bastos e Diones Correntino, comprometidos com a qualidade e com um futuro extremamente promissor.
Hoje comemoramos o décimo ano de vida com muita alegria e perspectivas de muito trabalho pela frente, num constante processo de renovação e transformação dos indivíduos e da sociedade, com o que existe de melhor nessa vida.
A Música! BERIMBAU Baden Powell
Arr. Tarantilio

PELAS TABELAS Chico Buarque
Arr. Jarbas Cavendish

VALE DA RIBEIRA Hermeto Pascoal
Arr. Diones Correntino

LAMENTO SERTANEJO Gilberto Gil
Arr. Jarbas Cavendish

JIRAU Rafael dos Santos
Arr. Rafael dos Santos

BROOKLYN HIGHT Nelson Farias
Arr. Nelson Farias

ESTAMOS AÍ Maurício Einhor
Arr. Nelson Farias

COISA Nº 10 Moacir Santos
Arr. Adail Fernandes

LINHA DE PASSE J.Bosco/A Blanc
Arr. Ney Couteiro

Coordenação, Regência
Jarbas Cavendish

Saxofones
Johnson Machado
Antonio Alves(FOKA)
Everton Matos
Philip Jonathas
Marcos Lincon

Trompetes
Antonio Cardoso
Manasses Aragão
Alan Peixoto
Rogério Pinheiro
Wellington Santana

Trombones
Luis Fagner
Kalebe Pinheiro
Danilo Andrade
Jacks Douglas
Magno Santos

domingo, 25 de abril de 2010

Concertos na Cidade Temporada 2010 - 05 de maio



CONCERTOS NA CIDADE
TEMPORADA 2009
05/05/2010 – QUARTA-FEIRA
20:30 HORAS
SESC CIDADANIA
Palestra 30 minutos antes do concerto


PIANO TRIO


ANA FLÁVIA FRAZÃO, piano

Natural de Goiânia,formou-se pela Escola de Música da Universidade Federal de Goiás. Na Alemanha onde viveu entre 1994 até 2002, cursou a Escola Superior de Música de Karlsruhe, concluindo o Konzertexamen com nota máxima em Música de Câmera na classe dos professores Werner Genuit e Michael Uhde.Detentora de vários prêmios, dentre eles o 1º lugar no Concurso JK, realizado em 1992, cuja premiação lhe valeu um concerto com a Orquestra Sinfônica de Brasília. Em 2001 obteve o 1º lugar na “Série de Concertos da Sala Barroca” em Kyoto - Japão com o Trio Augarten. Realizou várias gravações para a rádio Südwestfunk na Alemanha, e em 2004 gravou um CD pelo selo italiano “Fondazionen” com o contrabaixista Milton Masciadri. Tem realizado concertos na Europa, Japão, Estados Unidos, Argentina e em várias cidades do Brasil, sempre com grande êxito de público e de crítica. Ana Flávia é professora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, onde também é uma das coordenadoras do Programa “Música na Escola de Música” e das séries “Concertos na Cidade” e “Concertos Goiânia Ouro”, promovida pela prefeitura de Goiânia.


ALBRECHT BREUNINGER, violino

Depois de conquistar o segundo prêmio no concurso para violino Rainha Elisabeth na Bélgica em 1997, Albrecht Breuninger tornou-se assim o primeiro violinista alemão a ficar entre os três melhores neste concurso desde a sua primeira edição em 1953. No mesmo ano recebeu o prêmio de melhor composição para o seu Quarteto de Cordas N.1 nos Concertos de Verão de Brandemburgo. Esses prêmios são o ponto alto de uma série de concursos ganhos pelo violinista, onde se destacam os concursos em Brescia (Itália 1984), Belgrado (Iugoslávia 1986), Praga (República Tcheca 1992), Berlin e Montreal (Canadá 1995).Breuninger estudou de 1981 até 1988 com Josef Rissin na Escola Superior de Música de Karlsruhe onde se formou com nota máxima. Continuou a se aperfeiçoar com grandes violinistas como Henryk Szeryng, Ruggiero Ricci, Aaron Rosand e Ivry Gitlis.Apresenta-se como solista e camerista em vários festivais como o Festival Internacional de Bath (Inglaterra), Festival de Música de Câmara de Kuhmo (Finlândia), Teatro Champs D´Elysees (Paris), Schwetzinger Festspielen (Alemanha), entre outros.Em 1997 gravou um CD com obras para violino e piano de Mendelssohn, Brahms, Breuninger e Wieniawsky. Gravou para a Radio WDR as obras para violino e orquestra de Eugene Ysaye e em 2001 para a Radio de Colônia as obras para violino solo deste mesmo compositor. Recentemente, acompanhado pela Orquestra da Rádio de Varsóvia, gravou os 4 concertos para violino de Karol Lipinsky e a obra completa de George Enescu.Breuninger foi professor de violino na Escola Superior de Música de Hamburgo entre 1998 - 2002 e atualmente é professor da Escola Superior de Música de Karlsruhe – Alemanha.
MANFRED STILZ, violoncelo


Durante seus estudos em sua cidade natal, Saarbrücken, Manfred Stilz foi vencedor dos The Scheffel Prize e The International Recorder Prize na Alemanha. Em seguida, mudou-se para França, passando a estudar violoncelo com Andre Navarra, no Conservatório Nacional de Paris, onde obteve o primeiro lugar no concurso para violoncelo promovido por esta Instituição. Ainda no mesmo período, freqüentou o curso de música de câmera com Jean Hubeau.Atuou como principal violoncelista no Ensemble Instrumental de France e em 1970 criou o Trio Ravel com o qual recebeu o primeiro prêmio no Concurso Internacional de Belgrado em 1972. Músico fluente tanto no violoncelo, como na flauta doce, Manfred executa obras que abrangem um vasto repertório. Recentemente destacou-se na interpretação do Duo para violino e violoncelo de Brahms, do Concerto Triplo de Beethoven para violino, violoncelo e piano e ainda do concerto para violoncelo de Offenbach. Internacionalmente respeitado por sua versatilidade, faz parte do seleto grupo de músicos a ter realizado recitais por duas vezes, no palco da prestigiosa sala de concerto Carnegie Hall, em Nova York, usando os dois instrumentos. Atualmente é professor de violoncelo, flauta doce e música de câmera na Escola Superior de Música de Paris e no Conservatório de Nice na França.


PROGRAMA:

H.Villa-Lobos (1887-1959)
Trio N.1 em do menor
Allegro non troppo
Andante sostenuto
Scherzo:Vivace
Allegro troppo e Finale


A.Dvorak (1841-1904)
Trio op.90 “Dumky”
Lento maestoso - Allegro
Poco adagio – Vivace non troppo
Andante – Vivace non troppo
Andante moderato – Allegretto scherzando
Allegro
Lento maestoso – Vivace

Gyovana Carneiro
Direção artística

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Para melhor compreender o concerto do dia25/04/10- Claudio Santoro

Cláudio Santoro (1919 – 1989) Inicialmente Cláudio Santoro dedicou-se ao Dodecafonismo, aderindo, por volta de 1943, ao Nacionalismo Musical. Compôs muitas obras nesse espírito, inserindo temas populares em estruturas clássicas. São desta fase a Sinfonia No. 4 e as Paulistanas (1953) para piano. Na década de 1960 voltou ao Dodecafonismo, tendo realizado nos últimos anos experiências acústico-visuais; compôs diversos "quadros aleatórios", composições formadas por uma parte gravada em fita magnética e outra parte por quadros também de sua autoria. Sua vasta produção compreende, entre outras, oito sinfonias, três concertos para piano, peças de câmara e o balé Cobra Norato (1967). A obra apresentada: Ponteio evoca a vibrante música folclórica e popular do Brasil, Ponteio é uma obra polifônica em três movimentos. Neles podemos sentir um movimento constante com a presença de percussão. Segue-se o intermezzo com a característica lírica e repete-se a introdução.

Para melhor compreender o concerto do dia25/04/10- Carlos Gomes

Carlos Gomes (1836 – 1896) compositor brasileiro de grande nome nacional e internacional. D. Pedro II grande admirador de sua obra, custeou seus estudos na Europa o que proporcionaram para Carlos Gomes um estudo diferenciado. Foi com a ópera O Guarani que ele atingiu seu maior sucesso. Iremos ouvir o quarto movimento de uma sonata. SONATA é uma forma instrumental de grandes dimensões em 3 ou 4 movimentos escrita para uma ou mais instrumentos solistas. O quarto e ultimo movimento Vivace (O burrico de pau) vivo ou mais alegre e com uma denominação tipicamente brasileira.

Para melhor compreender o concerto do dia25/04/10- Alberto Nepomuceno

Alberto Nepomuceno (1864-1920) defensor atuante das causas republicana e abolicionista no Nordeste, participando de diversas campanhas. Entretanto, não descuidou de suas atividades como músico. No dia 4 de agosto de 1895, Nepomuceno realizou um concerto histórico, marcando o início de uma campanha que lhe rendeu muitas críticas e censuras. Apresentou pela primeira vez, no Instituto Nacional de Música, uma série de canções de sua autoria em português. Estava deflagrada a guerra pela nacionalização da música erudita brasileira. O concerto atingia diretamente aqueles que afirmavam que a língua portuguesa era inadequada para o bel canto. A polêmica tomou conta da imprensa e Nepomuceno travou uma verdadeira batalha contra o crítico Oscar Guanabarino, defensor ardoroso do canto em italiano, afirmando: "Não tem pátria um povo que não canta em sua língua". Em 1907 iniciou a reforma do Hino Nacional Brasileiro, tanto na forma de execução quanto na letra de Osório Duque Estrada. No ano seguinte, a realização do concerto de violão do compositor popular Catulo da Paixão Cearense, no Instituto Nacional de Música , promovido por Nepomuceno, causou grande revolta nos críticos mais ortodoxos, que consideraram o acontecimento "um acinte àquele templo da arte". A obra apresentada no concerto: A Serenata Para Cordas Foi composta em homenagem ao aniversário do famoso poeta brasileiro Olavo Bilac, em 1902. É um tema tipicamente brasileiro, fazendo alusão à modinha.

Para melhor compreender o concerto do dia25/04/10- Guerra-Peixe

César Guerra-Peixe, (1914- 1993) Aos 9 anos já tocava violão, bandolim, violino e piano. Viajava muito com a família pelo interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, assistindo frequentemente a grupos folclóricos, o que marcou muito sua infância. Com apenas cinco anos de estudo, obteve a medalha de ouro oferecida pela Associação Petropolitana de Letras. Após prestar concurso para ingressar na Escola Nacional de Música, obtendo o primeiro lugar, Guerra Peixe transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde, para sobreviver, passou a trabalhar como músico em orquestras de salão que tocavam em confeitarias e bares, além de integrar um trio alemão que se apresentava la . Depois de ler Ensaio sobre a Música Brasileira, de Mario de andrade, Guerra Peixe mudou seu conceito de composição. "Depois de ter lido Mário, comecei a compor com mais consciência...". A obra que será apresentada no concerto Mourão teve seu primeiro motivo melódico criado no Recife em 1951 por Guerra-Peixe para servir como música de fundo num programa radiofônico que contava as estórias de Lampião e seus cangaceiros. Alguns anos mais tarde, residindo em São Paulo, Guerra-Peixe regravou o tema em um disco LP da Copacabana, intitulado Festa de ritmos, adaptando ao tema uns versos e chamou a musica “De viola e Rabeca", interpretada por Catulo de Paula, um cantor do Ceará que vivia em São Paulo. Anos mais tarde, o teatrólogo Ariano Susassuna, conhencendo a peça “De viola e Rabeca”, solicitou a Guerra-Peixe autorização para que Clóvis Pereira transformasse a música gravada por Catulo de Paula em uma peça para a orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco do Movimento Musical Armorial .

Para melhor compreender o concerto do dia25/04/10- Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959) Principal responsável pela descoberta de uma linguagem tipicamente brasileira. De temperamento inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do país, fase que observou grande parte do universo musical brasileiro. Apaixonado pela obra de J. S. Bach compôs as Bachianas Brasileiras que aglutinam o estilo do compositor alemão e os temas folclóricos brasileiros. Série de nove composições as Bachianas brasileiras foram escritas entre 1930 e 1945. Villa-Lobos fundiu material folclórico brasileiro e os estilo do compositor alemão J. S. Bach, intencionando construir uma versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo. Todos os movimentos das Bachianas, inclusive, receberam dois títulos: um bachiano, outro brasileiro. A Bachianas brasileira n° 4 foi composta originalmente para piano em 1930, estreada em 1939 e orquestrada em 1941. Esta obra contém quatro movimentos: Prelúdio (Introdução) – Lento; Coral (Canto do Sertão) – Largo; Ária (Cantiga) – Moderato; Dança (Miudinho) - Muito animado. No concerto será apresentadao primeiro movimento: PRELUDIO.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Chopin e Schumann "Poetas do Piano"

Conta a história que os 'poetas do piano' Frédéric Chopin e Robert Schumann não eram lá grandes amigos. Não que Schumann não tivesse tentado estreitar os laços de amizade, longe disso. Ele, inclusive, foi um dos principais responsáveis por tornar Chopin conhecido em toda a Alemanha, ao enaltecer o seu talento em artigo para um jornal musical. Os elogios não eram correspondidos. Chopin nunca foi um grande entusiasta das composições de Schumann. Essa é apenas uma das curiosidades que cercam a vida desses dois expoentes da música clássica, nascidos há 200 anos e símbolos do Romantismo do século 19.
Chopin era polonês – embora tenha vivido em Paris desde os 20 anos – e veio ao mundo em 1º de março de 1810. Schumann nasceu em 8 de junho na cidade alemã de Zwickau. Chopin era um menino prodígio e já compunha aos 7 anos. Schumann dedicou-se à música a partir da segunda década de vida, quando já era um talento também na poesia. Chopin tinha tuberculose desde a adolescência, embora um estudo de 2008 garanta que, na verdade, tratava-se de fibrose cística. Schumann abusou dos charutos e das bebidas.
Românticos, o amor é um capítulo à parte na história dos dois pianistas. Chopin ligou-se aos 26 anos com a baronesa Dudevant, famosa escritora conhecida pelo pseudônimo masculino de George Sand e que escandalizava a sociedade com trajes masculinos e inúmeros amantes, incluindo a atriz Marie Dorval, como relatam algumas biografias. Turbulento, o romance durou dez anos. Durante esse período, Chopin compôs algumas de suas mais brilhantes obras, como a Op. 53: Polonesa "heróica", Op. 35: Piano sonata em Si bemol menor, os prelúdios, entre outras. Mas, se tratando de Chopin, o mundo moderno se rendeu definitivamente aos seus Noturnos, em especial ao Op. 9 N.º 2.
O conflito amoroso não é diferente na vida de Schumann. Em 1840, ele se casou com a jovem pianista Clara Wieck, com quem teve oito filhos e uma relação difícil. Nesse período, o alemão compôs inúmeras peças, como Arabesco em Dó maior, Op. 18, Kreisleriana – Fantasia para piano e Orquestra em Lá menor, Op. 54.
Intensos na vida e trágicos na morte: Chopin, com o pulmão devastado, foi vencido pela doença em outubro de 1849, aos 39 anos. Schumann viveu sete anos a mais, mas tentou suicídio, perturbado por uma séria inflamação do ouvido e dizia ouvir a nota Lá em todos os lugares. Depressivo, morreu em um asilo para doentes mentais em junho de 1856, aos 46 anos.

Fonte: Revista da Cultura de abril
enviado por e-mail por Milena Morozowicz

Concertos Goiânia Ouro Temporada 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Concerto do dia 14 de Abril de 2010

Música na Escola de Música
Apresenta
Teatro da EMAC
Goiânia, 9h20, 14 de abril de 2010
Teatro da EMAC - UFG

Wanessa Rodrigues, mezzo soprano
Franklin Muniz, piano
Antonio Cardoso, trompete
Carlos Costa, piano

Ernani Braga Cinco Canções Nordestinas do
Folclore Brasileiro
O’ Kinimbá
Capim di Pranta
Ningue-Ningue-Ninhas
São João Da-ra-rão
Engenho Novo!

Wanessa Rodrigues, mezzo soprano
Franklin Muniz, piano

Joseph Turrin Caprice

Villa-Lobos O Canto do Cisne Negro
Nesta Rua

Franciso Mignone Cinco Cirandas

Negro Espiritual Sometimes I Feel Like a Motherless Child
Arr. Donald Hunsberger

Antonio Cardoso, trompete
Carlos Costa, piano

Franklin Muniz, natural de Natal-RN iniciou seus estudos de música na Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte onde concluiu os cursos básico e técnico de piano desta instituição. Formou-se em 2006 como bacharel em música pela UFRN na classe da professora Ms. Adriana Aguiar e em 2010 como mestre, pelo programa de pós-graduação da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG sob orientação do professor Dr. Carlos Costa. Atuou como professor substituto desta universidade como pianista colaborador acompanhando alunos das disciplinas de exercícios públicos e recitais da graduação. Recentemente foi professor colaborador do CEP em Artes Basileu França.

Wanessa Rodrigues, graduou-se em Licenciatura em Canto na classe da professora Drª. Ângela Barra pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (EMAC - UFG). Participou de master-classes com os professores Maria Venuti, Ricardo Tuttmann, Martha Herr, Marília Álvares, André Vidal, Marília Vargas, Rose de Sousa. Pelo Studio Opera da EMAC-UFG, integrou o elenco da Ópera Gianni Schicchi (Puccini) como La Ciesca em 2006, e Così Fan Tutte de Mozart como Dorabella em 2008. Já atuou sob a regência dos maestros Ângelo Dias, Joshua Haberman (EUA), Maurice Peress (EUA) e Vladimir Silva. Foi vencedora do 12º MARACANTO (Festival Brasileiro de Canto Lírico no Maranhão) na categoria Sênior. Atualmente integra o Coro Sinfônico Municipal de Goiânia.

Carlos H. Costa, nascido em São José dos Campos, SP, começou seus estudos com sua mãe Isolina Costa. Depois de terminar o bacharel em Física pela Unicamp, sua paixão pela música o levou a seguir a carreira em piano e regência. Em 2002 completou seu doutorado em piano e mestrado em regência orquestral pela Universidade da Georgia em Athens sob orientação do Prof. Dr. Richard Zimdars e Maestro Mark Cedel. Retornando ao Brasil em 2002 foi contratado pelo Centro Universitário Evangélica de Anápolis para desenvolver um programa cultural, criando o Coral Comunitário da Evangélica, e a série “Concertos na Evangélica.” Foi regente do Madrigal Bel Canto de Anápolis de 2004 a 2006 e orientador do curso de música sacra do Centro Teológico do Vale do Paraíba em São José dos Campos. Como arranjador e produtor gravou três CDs para faixa etária maternal para Editora Cristã Evangélica em 2006 e 2007. Como solista e camerista tem se apresentado nos Estados Unidos, Itália e Brasil. Em maio de 2006, com bolsa do Rotary Internacional, viajou à Itália em um intercâmbio cultural apresentando repertório brasileiro em cidades como Faenza, Pisa, Rimini e Parma. Juntamente com a Pianista Ana Flávia Frazão tem apresentado duo pianístico desde 2006.Atualmente é professor da Universidade Federal de Goiás, regente da Orquestra Acadêmica Jean Douliez da UFG e desenvolve pesquisa na área de piano em grupo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Para melhor compreender o concerto do dia 07/04/10- RACHMANINOV

SERGEI RACHMANINOV (1873-1943)
Ultimo grande representante da tradição romântica de Listz e Rubinstein. Compositor, pianista e maestro russo, Rachmaninov nasceu em Oneg. Estudou no Conservatório de Moscovo com Taneiev e Arenski, e rapidamente desenvolveu uma brilhante carreira como pianista virtuoso. Embora encorajado por Tchaikovski para a composição, deixou todavia de compor durante três anos após o insucesso da sua primeira sinfonia em 1897. No período compreendido entre 1901-1917, Rachmaninov compôs as suas grandes obras, designadamente as peças para piano solo e os segundos e terceiros concertos para piano, bem como os dois magníficos ciclos de música religiosa: a Liturgia de São João Crisóstomo e as Vésperas. Deixou a Rússia em 1917 e viveu em diversos países antes de se estabelecer definitivamente nos Estados Unidos, onde compôs algumas das suas mais belas obras. Sempre nostálgico em relação à Rússia, a sua obra revela uma grande exaltação lírica e uma íntima ligação ao romantismo de Chopin, Liszt e Tchaikovski. Se o seu estilo, sempre fiel ao sistema tonal, é bem menos progressista que o dos seus conterrâneos (o seu segundo concerto é composto sete anos após o Prelúdio à sesta de um fauno de Debussy e 12 anos antes de A Sagração da Primavera de Stravinski), a composição de Rachmaninov não é menos original. A sua aproximação ao repertório pianístico é absolutamente incontornável. A Sonata em Sol Menor, Op 19 para violoncelo e piano composta em novembro de 1901, foi publicada um ano depois de sua composição. Como características das sonatas do período romântico, a sonata em sol menor opus 19, tem quatro movimentos. A maioria dos temas é introduzidos pelo violoncelo e expandido na parte do piano. Dedicada ao violoncelista Anatoliy Brandukov que fez a primeira apresentação em Moscou com o compositor ao piano, em 2 de Dezembro de 1901

Para melhor compreender o concerto do dia 07/04/10- Schumann

Robert Schumann (1810-1856)
Uma das figuras emblemáticas do romantismo. Desde muito cedo mostrou inclinação para a música e também para a literatura. Foi conduzido, ao longo da vida, por uma forte sensibilidade artística e são conhecidas várias narrativas de como suas inclinações foram despertadas através dos encontros com obras, artistas e músicos. Conta-se que na infância sua decisão de se tornar músico quando, em 1819, escutou Moschelles, um dos criadores do estilo apropriado de se tocar piano. Outra história que se narra é a do impacto do virtuosismo de Paganini ao violino, que se fez com que se dedicasse ao estudo do piano com o objetivo de se tornar um virtuose. Na infância, seus pendores literário foram estimulados pelo pai, proprietário de uma livraria, de onde Robert podia selecionar, sem restrições, o que mais lhe interessasse. Esta formação liberal teve enormes coseqüências na vida adulta e na personalidade de Schumann, uma vez que, ao se decidir pela música, não abandonou a escrita literária, que o auxiliou no sustendo durante alguns anos, graças ao periódico musical Neu Zeitschrift für Musik (Nova Revista sobre Música). Esta publicação consta como pertencente a uma sociedade musical, Die Davidsbündler (Os Amigos de Davi) cujos membros reais e fictícios se misturavam, como Florestan e Euzebius, dois "personagens" literários musicais, que serviam como máscaras do próprio Schumann, tanto para os textos quanto para as composições. Esta sociedade se reunia para promover a arte, a literatura e a música de qualidade contra os "filisteus", os maus críticos e os artistas puramente acrobáticos e circenses.A vida de Schumann está profundamente ligada às diferentes fases criativas. O piano sempre foi seu instrumento de preferência e durante muitos anos escreveu exclusivamente para ele. Seu casamento com Clara Wieck, uma pianista renomada e filha de seu professor, serviu de estímulo para a composição de peças sinfônicas eum grande número de doações. Como suas obras puramente musicais estão eivadas de espírito literário, expôs nas canções o que estava implíncito musicalmente. As Cinco Peças em estilo popular Op. 102 para violoncelo e piano, foram compostas em 1849. Dedicadas a Andreas Grabau, violoncelista da Orquestra da Gewandhaus. O próprio título é elucidativo quanto ao estilo das peças. A primeira, Vanitas vanitatum, alude à sagrada escritura; a segunda é calma e precede uma pastoral; a quarta, de carácter mais decidido, prepara a peça que encerra o conjunto com um tom mais dramático.

Abertura da Temporada 2010 Concertos na Cidade




CONCERTOS NA CIDADE
TEMPORADA 2010
UFG - SESC
07/04/09 – QUARTA-FEIRA
20:30 HORAS
Entrada Franca
SESC CIDADANIA
PIANO e VIOLONCELO

NEY FIALKOW, piano

Músico gaúcho premiado em diversos concursos, destacando-se o cobiçado título de melhor pianista do VII Prêmio Eldorado de Música, os primeiros prêmios nos concursos nacionais de piano da Universidade Católica do Salvador e o Concurso Nacional Edino Krieger. O pianista NEY FIALKOW tem conciliado uma brilhante carreira de solista e camerista com a atividade de professor do Instituto de Artes da UFRGS, a mesma instituição onde se graduou na classe de Zuleika Rosa Guedes. NEY FIALKOW Realizou formação em pós-graduação nos EUA, tendo obtido o título de Doutor em Música no Peabody Conservatory da John Hopkins University, Baltimore, onde foi assistente da célebre pianista Ann Schein. Realizou com distinção o Mestrado em Música no New England Conservatory, Boston, com Patrícia Zander. O pianista tem atuado em recitais com instrumentistas de renome internacional tais como Carmelo de Los Santos, Antonio Del Claro, Csaba Erdely, Paul Chou, Tim Shwarz, Fredi Gerling, Michel Bessler e Cláudio Cruz. Suas gravações incluem "Diálogo para Piano e Orquestra” de Bruno Kiefer, obras de Camargo Guarnieri, Edino Krieger, Luciano Zanatta e de Flávio Oliveira. NEY FIALKOW tem atuado em diversas apresentações camerísticas ao lado do Trio Interarte (SP) nas principais capitais brasileiras. Com o Trio Porto Alegre (Carmelo de Los Santos, violino e Hugo Pilger, violoncelo) apresentou-se em Berlim, Santiago, Assunção e Rio de Janeiro, em projeto de divulgação da música brasileira do Itamaraty. Orientador artístico do Programa de Pós-Graduação em Música, NEY FIALKOW tem atraído alunos de diversas partes do país, atuando também regularmente com alunos de Graduação e Extensão. Ao longo de sua trajetória acadêmica tem contribuído com atividades docente-administrativas na UFRGS.

ANTÔNIO DEL CLARO, violoncelo

O violoncelista Antonio Lauro Del Claro nasceu em São Paulo. Desde muito cedo conviveu com a música, pois vários membros de sua família foram e são instrumentistas. Classificou-se em 1º lugar no Concurso de Verão Musical de Taomina (Itália).Com uma bolsa concedida pelo Governo do Estado de São Paulo, estudou em Paris com Roberto Salles, mas foi em Genebra (Suíça) que teve oportunidade de aperfeiçoar-se, tornando-se discípulo do consagrado violoncelista Pierre Fournier. Foi o mais jovem integrante da Orquestra de Câmara "Pró-Música" de São Paulo e da Orquestra Filarmônica de São Paulo, tendo sido posteriormente primeiro violoncelista da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo e da Orquestra da USP. Na Suíça fez parte do "Trio de Genebra" juntamente com o pianista Daniel Spielgeberg e a violinista Saskia Fillipini, tendo realizado gravações para a Radio Suisse Romande, e se apresentado na França, Suíça e Itália. Como recitalista tem atuado no Brasil, França, Suíça, Itália, América Latina e EUA. Como professor, além de ter integrado o corpo docente do Departamento de Música do Instituto de Artes da UNICAMP, na cadeira de violoncelo, realiza seminários de violoncelo e Master-Classes em diversas cidades do Brasil e EUA, participando também dos mais importantes festivais de música do Brasil. Foi convidado a participar como violoncelista brasileiro convidado da Fundação Symphonicum Europae no Lincoln Center em Nova York temporada 98/99. Fundação esta que busca a união espiritual dos homens através das artes, e teve entre seus ilustres fundadores Pablo Casals.


PROGRAMA:

R.Schumann (1810-1856)

Cinco Melodias Folcloricas para cello e piano op 102
- Com Humor
- Lentamente
- Sem pressa, com muito colorido
- Não muito rápido
- Forte e marcado


S. Rachmaninoff (1873 - 1943)

Sonata para cello e piano em sol menor opus 19
Lento – Allegro moderato
Allegro scherzando
Andante
Allegro mosso



Gyovana Carneiro
Direção artística

Ana Flávia Frazão
Coordenação Geral

Concerto do dia 07 de Abril de 2010

Música na Escola de Música
Apresenta

Recital de Guitarra – Fabiano Chagas
Teatro da EMAC 07/04/2010 9:20


Convidados:
FÁBIO OLIVEIRA - BATERIA E PERCUSSÄO
BRUNO REJAN - CONTRABAIXO
DIONES CORRENTINO - PIANO
JONHSON MACHADO - SAX E CLARINETA
REUEL - BATERIA


LYRA, Carlos SÓ DANÇO SAMBA
GUINGA CHEIO DE DEDOS
PASCOAL, Hermeto MONTREUX ARR. FABIANO CHAGAS
ROSA, Noel FEITIO DE ORAÇÃO
CHAGAS, Fabiano BAIÄO DE 12
SHORTER, Wayne FOOTPRINTS


Fabiano Chagas Possui graduação em violão erudito pela UFG (2003) e mestrado em violão (performance) pela mesma instituição (2008). Atualmente é professor efetivo de violão popular e guitarra elétrica da Universidade Federal de Goiás. Estudou e participou de masterclasses com renomados violonistas e guitarristas nacionais e internacionais como: Pedro Martelli, Eduardo Meirinhos, Daniel Wolf, John Holmquist, Paulo Bellinati, Lula Galvão, Alexandre Carvalho, Genil, Hélio Delmiro, Guinga etc. Em 2006 formou o quinteto Jam Brasil, grupo instrumental que tem como forte influência a música de Hermeto Pascoal, Guinga, Hamilton de Holanda, influências jazzísticas etc. Tocou com artistas consagrados do cenário nacional e internacional como: Toninho Horta, Lula Galvão, Zé Canuto, Arismar do Espirito Santo, Thiago Espírito Santo, Carlos Malta, Ron Kenolly, dentre outros. Desde 1997 atua como ministro de música na Renovação Carismática Católica, participando de diversos eventos de caráter nacional e internacional. Em 2008 excursionou pelos Estados Unidos, tocando em cidades do estado de New jersey e California.

terça-feira, 30 de março de 2010

Para melhor compreender o concerto do dia 31/03/10

O piano teve sua primeira referência publicada em 1711, no "Giornale dei Litterati d'Italia" por motivo de sua apresentação em Florença pelo seu inventor Bartolomeo Cristofori. A partir desse momento sucedem-se uma série de aperfeiçoamentos até chegar ao piano atual. A essência da nova invenção, residia na possibilidade de dar diferentes intensidade aos sons e por isso recebeu o nome de "piano-forte" (que vai do pianíssimo ao fortíssimo) e mais tarde, reduzido apenas para piano. Tais possiblidades de matizes sonoras acabou por orientar a preferência dos compositores face ao clavicembalo.
Os pianos modernos, embora não se diferenciem dos mais antigos no que se refere aos tons, trazem novos formatos estéticos e de materiais que compõem o instrumento. Um piano é um instrumento musical de corda percutida. Também é definido modernamente como instrumento de percussão porque o som é produzido quando os batentes, cobertos por um material macio e designados martelos, e sendo ativados através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e presas numa estrutura rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como instrumento de cordas percutidas por mecanismo ativado por um teclado, o piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no entanto no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo ressalta de imediato após tocar nas cordas e deixa a corda vibrar livremente.

O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a performance solo e para acompanhamento. É também muito popular como um auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um preço caro, o piano é um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo.

Concerto do dia 31 de março de 2010

Música na Escola de música
Apresenta

MAURÍCIO VELOSO

Piano

Goiânia, 9h20, 31 de março de 2010
Teatro da EMAC - UFG

MAURÍCIO VELOSO, bacharel em Música/Piano pela Escola de Música da UFMG (1990), Mestre em Piano pela Escola de Música da UFRJ (1995), e Doutor em Piano pela Indiana University School of Music (EUA, 2000), Maurício Veloso tem se apresentado regularmente como solista e camerista. Trabalhou sob orientação dos pianistas Lucas Bretas, Maria Lígia Becker, Luiz Medalha, Sônia Goulart, Michel Block e Leonard Hokanson, entre outros. Em 1993 Maurício Veloso passou a integrar o corpo docente da Escola de Música da UFMG, em Belo Horizonte, onde leciona regularmente piano e, eventualmente, música de câmera, literatura do piano e história da música. Além de suas atividades como pianista solista e professor, Maurício integra o Duo Instrumentalis, com a flautista Militza Franco e Souza. Em novembro de 2009 apresentou recital solo e ministrou master class de piano na University of Western Ontario, London, Canadá, tendo sido saudado como “formidável pianista e artista” e “dono de um estilo único e inspirado de ensinar”. Sobre Maurício Veloso, o renomado pianista Michel Block disse: “...é um pianista muito talentoso, musical, sensível e capaz. Eu o vi tocar várias vezes, tanto em concertos como em recitais aqui em Bloomington (EUA), e posso atestar sua excelência e valor. Ele é um sincero e verdadeiro artista.”



Bach / Godowsky Sonata em Lá Menor para Violino Solo
(1870-1938) Andante (Aria)


Villa-Lobos Bachianas Brasileiras No. 4:
(1887-1959) Prelúdio
Cirandas No. 13: À Procura de uma agulha...


Oiliam Lanna 4 Momentos Musicais
(1953-)


Arthur Bosmans Clavinecdotes: 5 Anecdotas para piano
(1908-1991) 1. Allegro molto e nervoso
2. Allegro amabile
3. Molto moderato
4. Allegro vivo e espirituoso –
Vivace e leggiero
5. Allegro non troppo – Vivo


Ottorino Respighi Notturno
(1879-1936)

terça-feira, 23 de março de 2010

Carlos Gomes - um dos compositores apresentados no Concerto

Antônio Carlos Gomes (1836-1896) Foi com Carlos Gomes que a arte brasileira, pela primeira vez na história, conseguiu atravessar o Atlântico e foi aplaudida na Europa. Nascido em 11 de julho de 1836, na pequena Vila Real de São Carlos, atual Campinas (SP), o pequeno Tonico, como era chamado pelos familiares, era filho de Manoel José Gomes, mestre de música e banda. Aos dez anos, com o auxílio do pai, aprendeu a tocar diversos instrumentos.

Quando adolescente, Carlos Gomes trabalhava em uma alfaiataria, costurando paletós e calças. No tempo livre, aproveitava para aperfeiçoar os estudos musicais. Já nessa época, apresentava-se com o pai e o irmão mais velho, Pedro Sant'Anna Gomes, nos bailes e pequenos concertos da cidade. Ele era uma espécie de "coringa" da banda. Como sabia tocar vários instrumentos, podia assumir qualquer posição do grupo.

Desde este período, Carlos Gomes já compunha canções religiosas e modinhas românticas - que sempre estiveram presentes em seu repertório. Em 1859, partiu em turnê com o irmão e o amigo Henrique Luiz Levy. Ao chegar na capital paulista, ficou amigo dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em homenagem aos novos companheiros, compôs o Hino Acadêmico e a modinha Quem sabe?, obras que o tornaram conhecido entre as repúblicas estudantis.

No ano seguinte, com o objetivo de consolidar sua formação musical, mudou-se para o Rio de Janeiro, contra a vontade do pai, para iniciar os estudos no conservatório da cidade. "Uma idéia fixa me acompanha como o meu destino! Tenho culpa, porventura, por tal cousa, se foi vossemecê que me deu o gosto pela arte a que me dediquei e se seus esforços e sacrifícios fizeram-me ganhar ambição de glórias futuras?", escreveu ao pai, aflito e cheio de remorso por tê-lo contrariado. "Não me culpe pelo passo que dei hoje. [...] Nada mais lhe posso dizer nesta ocasião, mas afirmo a que as minhas intenções são puras e espero desassossegado a sua benção e o seu perdão", completou.

No Rio, foi apresentado a D. Pedro 2º, que se tornaria seu admirador e mecenas. O imperador o enviou a Milão para que aprimorasse os conhecimentos em música. Anos depois, em 1870, Carlos Gomes iniciou-se a brilhante carreira do compositor, ao apresentar, no Teatro Alla Scalla da cidade italiana, a ópera O Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar. A obra rodou o mundo.

Foi nesta época que conheceu a italiana Adelina Conte Peri, por quem se apaixonou. Pianista e professora, ela era colega de conservatório do compositor. Em 1871, casaram-se. Embora a união tenha sido um tanto quanto conturbada, tiveram cinco filhos --três morreram prematuramente.

Com a morte de Mário, um dos filhos do casal, o compositor entrou em profunda depressão e mudou-se para Gênova. "Mário, subindo ao céu, aos cinco anos, me deixou na terra infeliz para toda a vida", escreveu o músico.

A partir desde momento, Carlos Gomes endividou-se, passou por grandes dificuldades financeiras, sofreu várias crises nervosas e viciou-se em ópio. Há quem diga que manteve casos amorosos com várias mulheres, o que justificaria a separação com Adelina, em 1885.

Ao longo da vida, Carlos Gomes esteve dividido entre duas pátrias, duas nacionalidades. Ao adotar a Itália como segunda nação, o compositor foi duramente hostilizado pelos brasileiros, que o viam como um aproveitador do dinheiro público, já que tinha como "mecenas" o imperador D. Pedro 2º. Em contrapartida, os italianos o enxergavam como um mercenário, pois acreditavam que ele produzia arte com fins comerciais --O Guarani, inclusive, foi vendido a um editor.

Um ano antes de morrer, o compositor foi convidado para dirigir o Conservatório do Pará. Mesmo doente, aceitou o convite. Após três meses no cargo, Carlos Gomes morreu em Belém, no dia 16 de setembro de 1896, aos 60 anos.

domingo, 21 de março de 2010

Lançamento Obra Coral Henrique de Curitiba


A OBRA CORAL DE
HENRIQUE DE CURITIBA MOROZOWICZ


Lançamento Oficial - Capela Santa Maria
Curitiba, 26 de março de 2010, 21h

PROGRAMA
Obras de Henrique de Curitiba (1934-2008)
I
Collegium Cantorum
Regência Helma Haller

SUÍTE CORAL PRO PACE
Oração pela Paz (1953, 2ª.versão 2003)
Parce Domine (1952)
Agnus Dei (1952)
Aleluia – Amen (2002)
Kyrie (1954)
Domine, non sum dignus (1954)
Dá-nos a Paz, Senhor (2003)


II
CONSTATAÇÃO FATAL (2007)
Ária Cômica para Barítono ou Baixo e piano - 1ª audição
Bruno Spadoni - baixo e Glacy Antunes de Oliveira - piano


III
Madrigal Vocale
Regência Norton Morozowicz

MISSA BREVE, em ritmos brasileiros (1966)
para Coro mixto, Orgão, Trompete e Contrabaixo
Fábio Cardoso - Orgão
Marco Xavier - Trompete
Helio Brandão - Contrabaixo


O Coro Feminino Collegium Cantorum, fundado por Helma Haller em 2000, faz da pesquisa e divulgação da música de concerto brasileira seu destaque em níveis nacional e internacional. Integram o conjunto musicistas que, desta forma, mantém em dia sua própria atuação artística. Ser uma “Oficina permanente de Canto Coral” é sua principal proposta. Em janeiro de 2008 lançou o CD “Ecos da Fé na Alma Brasileira”, do qual faz parte a “Suíte Coral Pro Pace”, de Henrique de Curitiba, hoje apresentada. Direção Artística: Helma Haller - Preparação Vocal: Ana Luisa Vargas - Maestrina Assistente: Ana Cristina Lago - Gerente de Projetos: Maria Herrmann Destefani. Componentes do Coro: SOPRANOS: Ana Luisa Vargas, Naura Sant'Ana, Isabel Cristina Müller, Maria Herrmann, Letícia Pickler, Márcia Tribuzy e Ariadne Staut Melchioreto. MEZZOS: Ana Cristina Lago, Glaucenira Marta Cleto, Lígia Santana, e Nuana Werner. CONTRALTOS: Elisabeth Kozak, Esther Arce Loayza e Madalena Wagner.


O Madrigal Vocale, conjunto vocal fundado pelo padre José Penalva em 1982 e atualmente regido pelo maestro Bruno Spadoni, tem ênfase no canto a cappela, apresentando-se também junto a instrumentistas, grupos vocais e orquestrais, em diversas capitais e centros culturais do país. O grupo cultiva todos os gêneros de música camerística, desde a Idade Média até a Contemporânea.
Em sua formação: SOPRANOS: Renata Gorosito, Sarqa Atiyeh, Danielle Chuman, Virgínia Pimentel, Cristiane Alexandre, Camila Tartar.CONTRALTOS: Samira Haddad, Ana Maria Mello, Cissa Duboc, Elaine Odia. TENORES: Paulo José da Costa, David Leal. Nilceu Nazareno, Lincoln Chaves, Wander GN Jr. BAIXOS: Bruno Spadoni, Dalton Chuman, Hudson Viana, Flavius Meschke.

Organizadora: Glacy Antunes de Oliveira

Pesquisa Documental: Gyovana de Castro Carneiro

Textos: Glacy Antunes de Oliveira e Gyovana de Castro Carneiro

Prefácio: Samuel Kerr

Projeto Gráfico: Alexis Graf Morozowicz

Digitalização: Virgínia Dias Silveira e Helenês Lopes

Produção do CD: Norton Morozowicz

“...um outro aspecto da minha produção é a musica coral.

Eu adoro escrever para coro!

A coisa que mais me satisfaz como expressão musical, é a voz humana.

(Henrique Morozowicz, 2002)


Assim se expressou Henrique de Curitiba Morozowicz ( - 2008), autor de 72 composições corais, digitalizadas, editadas e publicadas em livro produzido sob os auspícios do PAIC - PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA da Fundação Cultural de Curitiba.

O lançamento desta importante publicação para a Música Brasileira ocorrerá, na Capela Santa Maria, às 21h do dia 26 de março corrente; um Concerto Coral marcará a ocasião; composições de Henrique de Curitiba serão cantadas pelo Collegium Cantorum, sob regência de Helma Heller, dileta amiga do compositor e pelo Madrigal Vocale - criado pelo saudoso Pe. Penalva com quem Henrique mantinha relações de amizade e de respeito mútuo - que cantará sob regência de Bruno Spadoni e Norton Morozowicz


O livro de partituras, dedicado à memória de Henrique e à família do compositor, será apresentado pelo Maestro Samuel Kerr, particular amigo de Henrique, e por suas organizadoras, Professoras Glacy Antunes de Oliveira e Gyovana de Castro Carneiro. A primorosa edição teve projeto gráfico assinado por Alexis Morozowicz, filho do compositor e designer de talento reconhecido internacionalmente. Um CD de samples, estruturado pelo Maestro Norton Morozowicz, companheiro fraterno de Henrique, intimamente ligados pela Música, acompanha a publicação.


Ainda no Concerto, será ouvida, cantada por Bruno Spadoni, uma das últimas composições de Henrique de Curitiba: Constatação Fatal, Ária cômica, escrita para baixo ou barítono e piano, com texto inspirado em crônica de José Zokner.


As composições corais ora publicadas atendem subdivisão, proposta pelo compositor, em quatro grandes grupos, a saber: Canções e Madrigais a capella, Canções e madrigais para vozes iguais a capella, Formas maiores de inspiração religiosa ou vivencial a capella ou com instrumentos e outras formas menores, também a capella, inspiradas em Música religiosa.

HENRIQUE DE CURITIBA MOROZOWICZ

Em fevereiro de 2008, a morte de Z. Henrique Morozowicz, Henrique de Curitiba, um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, entristeceu família e amigos e significou profunda perda para a Música do Brasil.


Vale ressaltar que composições de Henrique de Curitiba estão incluídas em aproximadamente 42 LPs e/ou CDs, com gravações realizadas em Curitiba, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Londrina, Brasília, Goiânia e também no exterior, na Alemanha, Bélgica, Holanda, nos Estados Unidos, na Argentina e na Itália.


Destaca-se a amplitude e diversidade da produção - instrumental, vocal, coral e orquestral - deste compositor paranaense. Suas obras estão editadas em vários países, além do Brasil e impressiona a quantidade e qualidade de suas 59 composições corais.

Henrique de Curitiba teve seu Catalogo de Obras “Henrique de Curitiba Morozowicz” publicado primeiramente em 1977 pelo Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores e em 1997 foi lançado em Curitiba o Catalogo Temático: Henrique de Curitiba organizado pelas pesquisadoras Liana M. Justus e Miriam C. Bonk.

Dono de personalidade singular, marcante, elegante, que impressionava pelo amplo conhecimento, Henrique Morozowicz, que era pianista, organista, professor, compositor, passou a ser conhecido como Henrique de Curitiba desde 1954 quando foi para São Paulo estudar piano com Henry Jolles e composição com H.J.Koellreuter.

Henrique de Curitiba era pianista, organista, professor, compositor e músico exigente que exerceu funções administrativas importantes para a Música do Paraná como a Direção da EMBAP , Coordenador do Curso de Educação Artística da UFPR, Presidente da Sociedade Pro - Musica de Curitiba, Coordenador da Programação Nacional de Musica (FUNARTE/UFPR), Membro do Conselho Estadual de Cultura do Paraná.

MAESTRO SAMUEL KERR

Samuel Kerr foi regente da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal, de 1972 a 1982, e Diretor da Escola Municipal de Música de 1972 a 1975, em São Paulo.

Regente Titular do Coral Paulistano ganhou o Prêmio APCA 1992 como Regente Coral.
Professor aposentado do Instituto de Artes da UNESP, tem marcado sua carreira artística em trabalhos de corais, experimentando novos recursos de expressão, seja no repertório, seja da maneira de cantar. Nesse sentido, foram marcantes seus trabalhos com a Associação Cantum Nobile, Cia Coral, Coral da UNESP e em muitos corais comunitários que tem organizado.

GLACY ANTUNES DE OLIVEIRA é pianista e educadora; Doutora em Música e Pesquisadora do CNPQ; foi Diretora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, de 2000 a 2008; no Mestrado em Música da UFG, coordena a disciplina Música, Cultura e Sociedade; pertence ao Conselho Municipal de Cultura de Goiânia. Hoje, reside em Curitiba.

GYOVANA DE CASTRO CARNEIRO, professora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG; Mestre em Música, é especialista na promoção de eventos culturais; tem vários artigos publicados, alguns deles especificamente sobre Henrique de Curitiba e sua obra.

Recital do dia 24 de Março de 2010




Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado
"Ciranda da Arte"
Regência: Mto. Cláudio Antunes

É Formada por professores e estudantes de música da rede estadual, os quais participam do "Grupo de Estudo e Pesquisa em Banda" do "Ciranda da Arte" e suas propostas e objetivos são:
a) Promover a articulação entre prática artística e vivência pedagógica;
b) Valorizar a música dos compositores e arranjadores locais, executando um repertório eclético, que inclui as músicas eruditas e populares;
c) Divulgar o repertório da formação musical específica de Banda Sinfônica para os estudantes da rede estadual e;
d) Incentivar os estudantes a apreciação musical e à compreensão crítica vivenciadas no contexto musical goiano.

PROGRAMA


O Guarani (abertura) – Antonio Carlos Gomes (1836 – 1896) –
Simphonic Band Arranger - Hebert L. Clarke (1867 – 1945).

Capriccio Espagnol, Op. 34 – Nicolai Rimsky Korsakov (1844 – 1908) - Mlitary Band Arranger - Frank Winterbottom (1861-1930).


Suite Nordestina - Maestro Duda 1935

Flautas:
Everton Luis (Spalla)
Marcus Vinicius
Marcos Almeida
Natalia Bueno
Lorena Guilarde
Oboé:
Kerle Cristina
Fagotes:
Michelle Bolba
Salomão Marques
Clarinetes:
José Marconi
Carina Bertunes
José De Geus
Ediney Brito
Otoniel Tavares
Julio Marinho
Wesley Marinho
Mario Soares
Welliton Oliveira
Sax Alto:
José Antônio
Wesley Moreira
Sax Tenor:
Marcos Silas
Sax Barítono:
Jorge Humberto
Trompetes:
Nivaldo Camargo
Manassés Barros
Tarcisio Antônio
Alan Kardec
Trompas:
Adenilson Santana
Anderson Afonso
Hebert Silva
Roberson Silva
Mariana de Macedo
Trombones:
Weller Gomes
Kalebe Pinheiro
Jeronimo Mendes
Danilo Andrade
Euphoniuns:
Tarley Rabelo
Ester Oliveira
Tubas:
Elielson Dantas
Davidson Bian
Contrabaixo:
Diuliano Lucena
Percussão:
Dener de Oliveira
Renato Araújo
Henry Francisco
André Prado
Diego Amaral

terça-feira, 16 de março de 2010

Recital do dia 17 de Março de 2010

Música na Escola de Música
APRESENTA
MÚSICA PARA PERCUSSÃO
Francisco Abreu e Fabio Oliveira
17 de Março 2010

PROGRAMA

O programa é bem variado, incluindo obras do minimalismo
norte-americano (Reich), do experimentalismo pós-cageano (Wolff e
Tenney) e um pouco de música brasileira (Eduardo Álvares).

Clapping Music (1972) – Steve Reich (1936)
palmas

A falsa Rumba (1990) – Eduardo Guimarães Álvares (1959)
vibrafone e marimba

Piano Phase (1967) – Steve Reich (1936)
duo de marimbas

Having Never Written a Note for Percussion (1971) – James Tenney (1934-2006)
tam-tams

Prose Collection: Stones (1968-1971) – Christian Wolff (1934)
pedras

Alborada del Gracioso (1905) – Maurice Ravel (1875-1937)
Arranjo: Safri Duo (1990)
duo de marimbas

terça-feira, 9 de março de 2010

Recital do dia 10 de Março de 2010

Goiânia, 9h20, 10 de março de 2010
Teatro da EMAC - UFG

PROFESSORES DA EMAC

em Concerto


Johann Mertz ELEGIA
Marlou Vieira, violão

Francisco Mignone CONGADA
Consuelo Quirese e Maria Lúcia Roriz, piano

Giacomo Puccini CANZONE DI DORETTA
da Ópera La Rondine
Vanessa Bertolini, soprano
Sergio di Paiva, piano

Radamés Gnattali VALSA TRISTE
para Saxofone alto
e piano
Johnson Machado, sax
Carlos Costa, piano



Antonio Marcos Cardoso, trompete

Alain Ridout TOURO FERDINANDO
para Violino e Narração
Alessandro Borgomanero, violino
Angelo Dias, narração

sábado, 6 de março de 2010

Robert Schumann (1810-1856)


Robert Schumann é uma das figuras emblemáticas do romantismo. Desde muito cedo mostrou inclinação para a música e também para a literatura. Foi conduzido, ao longo da vida, por uma forte sensibilidade artística e são conhecidas várias narrativas de como suas inclinações foram despertadas através dos encontros com obras, artistas e músicos.Robert Schumann nasceu em Zwickau, Saxônia (Alemanha) em 1810. Cresceu entre livros -seu pai era livreiro e editor. A mãe, uma mulher culta. Esse ambiente doméstico favoreceu a aproximação do menino com a poesia e a literatura em geral. Era admirador de Lord Byron e E. T. A. Hoffman símbolos de um romantismo às vezes soturno e melancólico, de quem recebeu notória influência em sua obra musical.O próprio Schumann se dedicou à literatura. Além de músico e compositor, era poeta, o que levou parcela da crítica mais apressada a defini-lo como um escritor que, por engano, entregou-se à música.A primeira das desventuras de Schumann ocorreu bem cedo. Apaixonou-se e foi correspondido por Clara, a filha de seu professor de música, o severo Friederich Wieck. O professor, que havia criado Clara para ser uma virtuose do piano, não aprovou o namoro dos dois jovens. Schumann era um dos mais pobres e, imaginava ele, menos promissores de seus alunos. O antigo mestre tornou-se, então, um feroz inimigo. Wieck despachou a filha para uma turnê pela Europa, enquanto acusava Schumann de ser alcoólatra e demente. Começava ali um longo conflito judicial, que só terminou cinco anos depois, em 1840, quando a moça completou 21 anos e conseguiu, nos tribunais, permissão para se casar com Schumann, contrariando a vontade paterna. Naquele ano, o compositor teve seu ano mais produtivo. "Não posso te dizer como tudo me vem facilmente. Frequentemente componho em pé, ou caminhando, não mais ao piano. É uma música totalmente diferente daquela que primeiro passa pelos dedos, é muito mais direta e melodiosa. Tenho tanta música em mim que poderia cantar o dia inteiro", escreveu numa carta à esposa.Aos 22 anos, Schumann já sentia os efeitos de uma doença degenerativa que iria lhe dificultar o movimento dos dedos e, em pouco tempo, impossibilitá-lo de continuar tocando piano. A acalentada idéia de se tornar um grande concertista caiu por terra. Em compensação, Schumann passou a se entregar com afinco ao exercício da composição. Aos 25 anos, em 1835, produziu uma de suas obras-primas, Carnaval. Mas, à época, a fama da mulher como exímia instrumentista crescia mais depressa do que a sua. Tratado como "o marido da pianista", sofreu com crises de depressão e, posteriormente, começou a sentir alucinações e surtos psicóticos.Enquanto sua carreira não decolava, Schumann tornou-se conhecido como crítico musical. Em 1834, fundou a Nova Revista de Música, em que publicava artigos sobre os principais compositores e intérpretes alemães da época, além de promover artistas iniciantes, principalmente Brahms, de quem se tornou grande amigo e que viria a se tornar quase um membro de sua família. Em 1843, a convite de Mendelssohn, Schumann foi contratado para dar aulas no Conservatório de Leipzig, mas não se revelou um bom professor. Nessa época, viajou para a Rússia em companhia da esposa e, quando voltou à Alemanha, os distúrbios psíquicos revelaram-se cada vez mais graves. Decidiu então morar em Dresden e, posteriormente, em Düsseldorf, onde arranjou o emprego de diretor musical de orquestra. A saúde e os surtos psicóticos, porém, comprometeram seu trabalho. Novo fracasso.A partir de 1845, a qualidade das obras de Schumann visivelmente começou a cair. Deprimido, em 1856, as idéias de suicídio passaram a atormentar-lhe com insistência. Naquele ano, chegou a jogar-se no rio Reno, mas foi salvo por um grupo de barqueiros. Por vontade própria, foi enviado logo depois a um manicômio em Endenich, próximo a Bonn, onde morreu ao lado da esposa, Clara, e do amigo e discípulo Brahms.


O Concerto em Lá Menor para Piano e Orquestra foi dedicado à sua noiva Clara Wieck e teve seu primeiros esboços em 1833. Entretanto, somente em 1841 a obra foi amadurecida, com Clara e Robert já casados e publicada apenas em 1845, com a adição de um movimento lento e um Finale. Foi dedicado formalmente ao famoso pianista Ferdinand Hiller, certamente com intenções de popularizar a obra, mas foi estreado com Clara ao piano em 4 de dezembro de 1845 em Dresden.