terça-feira, 30 de março de 2010

Para melhor compreender o concerto do dia 31/03/10

O piano teve sua primeira referência publicada em 1711, no "Giornale dei Litterati d'Italia" por motivo de sua apresentação em Florença pelo seu inventor Bartolomeo Cristofori. A partir desse momento sucedem-se uma série de aperfeiçoamentos até chegar ao piano atual. A essência da nova invenção, residia na possibilidade de dar diferentes intensidade aos sons e por isso recebeu o nome de "piano-forte" (que vai do pianíssimo ao fortíssimo) e mais tarde, reduzido apenas para piano. Tais possiblidades de matizes sonoras acabou por orientar a preferência dos compositores face ao clavicembalo.
Os pianos modernos, embora não se diferenciem dos mais antigos no que se refere aos tons, trazem novos formatos estéticos e de materiais que compõem o instrumento. Um piano é um instrumento musical de corda percutida. Também é definido modernamente como instrumento de percussão porque o som é produzido quando os batentes, cobertos por um material macio e designados martelos, e sendo ativados através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e presas numa estrutura rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como instrumento de cordas percutidas por mecanismo ativado por um teclado, o piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no entanto no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo ressalta de imediato após tocar nas cordas e deixa a corda vibrar livremente.

O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a performance solo e para acompanhamento. É também muito popular como um auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um preço caro, o piano é um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo.

Concerto do dia 31 de março de 2010

Música na Escola de música
Apresenta

MAURÍCIO VELOSO

Piano

Goiânia, 9h20, 31 de março de 2010
Teatro da EMAC - UFG

MAURÍCIO VELOSO, bacharel em Música/Piano pela Escola de Música da UFMG (1990), Mestre em Piano pela Escola de Música da UFRJ (1995), e Doutor em Piano pela Indiana University School of Music (EUA, 2000), Maurício Veloso tem se apresentado regularmente como solista e camerista. Trabalhou sob orientação dos pianistas Lucas Bretas, Maria Lígia Becker, Luiz Medalha, Sônia Goulart, Michel Block e Leonard Hokanson, entre outros. Em 1993 Maurício Veloso passou a integrar o corpo docente da Escola de Música da UFMG, em Belo Horizonte, onde leciona regularmente piano e, eventualmente, música de câmera, literatura do piano e história da música. Além de suas atividades como pianista solista e professor, Maurício integra o Duo Instrumentalis, com a flautista Militza Franco e Souza. Em novembro de 2009 apresentou recital solo e ministrou master class de piano na University of Western Ontario, London, Canadá, tendo sido saudado como “formidável pianista e artista” e “dono de um estilo único e inspirado de ensinar”. Sobre Maurício Veloso, o renomado pianista Michel Block disse: “...é um pianista muito talentoso, musical, sensível e capaz. Eu o vi tocar várias vezes, tanto em concertos como em recitais aqui em Bloomington (EUA), e posso atestar sua excelência e valor. Ele é um sincero e verdadeiro artista.”



Bach / Godowsky Sonata em Lá Menor para Violino Solo
(1870-1938) Andante (Aria)


Villa-Lobos Bachianas Brasileiras No. 4:
(1887-1959) Prelúdio
Cirandas No. 13: À Procura de uma agulha...


Oiliam Lanna 4 Momentos Musicais
(1953-)


Arthur Bosmans Clavinecdotes: 5 Anecdotas para piano
(1908-1991) 1. Allegro molto e nervoso
2. Allegro amabile
3. Molto moderato
4. Allegro vivo e espirituoso –
Vivace e leggiero
5. Allegro non troppo – Vivo


Ottorino Respighi Notturno
(1879-1936)

terça-feira, 23 de março de 2010

Carlos Gomes - um dos compositores apresentados no Concerto

Antônio Carlos Gomes (1836-1896) Foi com Carlos Gomes que a arte brasileira, pela primeira vez na história, conseguiu atravessar o Atlântico e foi aplaudida na Europa. Nascido em 11 de julho de 1836, na pequena Vila Real de São Carlos, atual Campinas (SP), o pequeno Tonico, como era chamado pelos familiares, era filho de Manoel José Gomes, mestre de música e banda. Aos dez anos, com o auxílio do pai, aprendeu a tocar diversos instrumentos.

Quando adolescente, Carlos Gomes trabalhava em uma alfaiataria, costurando paletós e calças. No tempo livre, aproveitava para aperfeiçoar os estudos musicais. Já nessa época, apresentava-se com o pai e o irmão mais velho, Pedro Sant'Anna Gomes, nos bailes e pequenos concertos da cidade. Ele era uma espécie de "coringa" da banda. Como sabia tocar vários instrumentos, podia assumir qualquer posição do grupo.

Desde este período, Carlos Gomes já compunha canções religiosas e modinhas românticas - que sempre estiveram presentes em seu repertório. Em 1859, partiu em turnê com o irmão e o amigo Henrique Luiz Levy. Ao chegar na capital paulista, ficou amigo dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em homenagem aos novos companheiros, compôs o Hino Acadêmico e a modinha Quem sabe?, obras que o tornaram conhecido entre as repúblicas estudantis.

No ano seguinte, com o objetivo de consolidar sua formação musical, mudou-se para o Rio de Janeiro, contra a vontade do pai, para iniciar os estudos no conservatório da cidade. "Uma idéia fixa me acompanha como o meu destino! Tenho culpa, porventura, por tal cousa, se foi vossemecê que me deu o gosto pela arte a que me dediquei e se seus esforços e sacrifícios fizeram-me ganhar ambição de glórias futuras?", escreveu ao pai, aflito e cheio de remorso por tê-lo contrariado. "Não me culpe pelo passo que dei hoje. [...] Nada mais lhe posso dizer nesta ocasião, mas afirmo a que as minhas intenções são puras e espero desassossegado a sua benção e o seu perdão", completou.

No Rio, foi apresentado a D. Pedro 2º, que se tornaria seu admirador e mecenas. O imperador o enviou a Milão para que aprimorasse os conhecimentos em música. Anos depois, em 1870, Carlos Gomes iniciou-se a brilhante carreira do compositor, ao apresentar, no Teatro Alla Scalla da cidade italiana, a ópera O Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar. A obra rodou o mundo.

Foi nesta época que conheceu a italiana Adelina Conte Peri, por quem se apaixonou. Pianista e professora, ela era colega de conservatório do compositor. Em 1871, casaram-se. Embora a união tenha sido um tanto quanto conturbada, tiveram cinco filhos --três morreram prematuramente.

Com a morte de Mário, um dos filhos do casal, o compositor entrou em profunda depressão e mudou-se para Gênova. "Mário, subindo ao céu, aos cinco anos, me deixou na terra infeliz para toda a vida", escreveu o músico.

A partir desde momento, Carlos Gomes endividou-se, passou por grandes dificuldades financeiras, sofreu várias crises nervosas e viciou-se em ópio. Há quem diga que manteve casos amorosos com várias mulheres, o que justificaria a separação com Adelina, em 1885.

Ao longo da vida, Carlos Gomes esteve dividido entre duas pátrias, duas nacionalidades. Ao adotar a Itália como segunda nação, o compositor foi duramente hostilizado pelos brasileiros, que o viam como um aproveitador do dinheiro público, já que tinha como "mecenas" o imperador D. Pedro 2º. Em contrapartida, os italianos o enxergavam como um mercenário, pois acreditavam que ele produzia arte com fins comerciais --O Guarani, inclusive, foi vendido a um editor.

Um ano antes de morrer, o compositor foi convidado para dirigir o Conservatório do Pará. Mesmo doente, aceitou o convite. Após três meses no cargo, Carlos Gomes morreu em Belém, no dia 16 de setembro de 1896, aos 60 anos.

domingo, 21 de março de 2010

Lançamento Obra Coral Henrique de Curitiba


A OBRA CORAL DE
HENRIQUE DE CURITIBA MOROZOWICZ


Lançamento Oficial - Capela Santa Maria
Curitiba, 26 de março de 2010, 21h

PROGRAMA
Obras de Henrique de Curitiba (1934-2008)
I
Collegium Cantorum
Regência Helma Haller

SUÍTE CORAL PRO PACE
Oração pela Paz (1953, 2ª.versão 2003)
Parce Domine (1952)
Agnus Dei (1952)
Aleluia – Amen (2002)
Kyrie (1954)
Domine, non sum dignus (1954)
Dá-nos a Paz, Senhor (2003)


II
CONSTATAÇÃO FATAL (2007)
Ária Cômica para Barítono ou Baixo e piano - 1ª audição
Bruno Spadoni - baixo e Glacy Antunes de Oliveira - piano


III
Madrigal Vocale
Regência Norton Morozowicz

MISSA BREVE, em ritmos brasileiros (1966)
para Coro mixto, Orgão, Trompete e Contrabaixo
Fábio Cardoso - Orgão
Marco Xavier - Trompete
Helio Brandão - Contrabaixo


O Coro Feminino Collegium Cantorum, fundado por Helma Haller em 2000, faz da pesquisa e divulgação da música de concerto brasileira seu destaque em níveis nacional e internacional. Integram o conjunto musicistas que, desta forma, mantém em dia sua própria atuação artística. Ser uma “Oficina permanente de Canto Coral” é sua principal proposta. Em janeiro de 2008 lançou o CD “Ecos da Fé na Alma Brasileira”, do qual faz parte a “Suíte Coral Pro Pace”, de Henrique de Curitiba, hoje apresentada. Direção Artística: Helma Haller - Preparação Vocal: Ana Luisa Vargas - Maestrina Assistente: Ana Cristina Lago - Gerente de Projetos: Maria Herrmann Destefani. Componentes do Coro: SOPRANOS: Ana Luisa Vargas, Naura Sant'Ana, Isabel Cristina Müller, Maria Herrmann, Letícia Pickler, Márcia Tribuzy e Ariadne Staut Melchioreto. MEZZOS: Ana Cristina Lago, Glaucenira Marta Cleto, Lígia Santana, e Nuana Werner. CONTRALTOS: Elisabeth Kozak, Esther Arce Loayza e Madalena Wagner.


O Madrigal Vocale, conjunto vocal fundado pelo padre José Penalva em 1982 e atualmente regido pelo maestro Bruno Spadoni, tem ênfase no canto a cappela, apresentando-se também junto a instrumentistas, grupos vocais e orquestrais, em diversas capitais e centros culturais do país. O grupo cultiva todos os gêneros de música camerística, desde a Idade Média até a Contemporânea.
Em sua formação: SOPRANOS: Renata Gorosito, Sarqa Atiyeh, Danielle Chuman, Virgínia Pimentel, Cristiane Alexandre, Camila Tartar.CONTRALTOS: Samira Haddad, Ana Maria Mello, Cissa Duboc, Elaine Odia. TENORES: Paulo José da Costa, David Leal. Nilceu Nazareno, Lincoln Chaves, Wander GN Jr. BAIXOS: Bruno Spadoni, Dalton Chuman, Hudson Viana, Flavius Meschke.

Organizadora: Glacy Antunes de Oliveira

Pesquisa Documental: Gyovana de Castro Carneiro

Textos: Glacy Antunes de Oliveira e Gyovana de Castro Carneiro

Prefácio: Samuel Kerr

Projeto Gráfico: Alexis Graf Morozowicz

Digitalização: Virgínia Dias Silveira e Helenês Lopes

Produção do CD: Norton Morozowicz

“...um outro aspecto da minha produção é a musica coral.

Eu adoro escrever para coro!

A coisa que mais me satisfaz como expressão musical, é a voz humana.

(Henrique Morozowicz, 2002)


Assim se expressou Henrique de Curitiba Morozowicz ( - 2008), autor de 72 composições corais, digitalizadas, editadas e publicadas em livro produzido sob os auspícios do PAIC - PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA da Fundação Cultural de Curitiba.

O lançamento desta importante publicação para a Música Brasileira ocorrerá, na Capela Santa Maria, às 21h do dia 26 de março corrente; um Concerto Coral marcará a ocasião; composições de Henrique de Curitiba serão cantadas pelo Collegium Cantorum, sob regência de Helma Heller, dileta amiga do compositor e pelo Madrigal Vocale - criado pelo saudoso Pe. Penalva com quem Henrique mantinha relações de amizade e de respeito mútuo - que cantará sob regência de Bruno Spadoni e Norton Morozowicz


O livro de partituras, dedicado à memória de Henrique e à família do compositor, será apresentado pelo Maestro Samuel Kerr, particular amigo de Henrique, e por suas organizadoras, Professoras Glacy Antunes de Oliveira e Gyovana de Castro Carneiro. A primorosa edição teve projeto gráfico assinado por Alexis Morozowicz, filho do compositor e designer de talento reconhecido internacionalmente. Um CD de samples, estruturado pelo Maestro Norton Morozowicz, companheiro fraterno de Henrique, intimamente ligados pela Música, acompanha a publicação.


Ainda no Concerto, será ouvida, cantada por Bruno Spadoni, uma das últimas composições de Henrique de Curitiba: Constatação Fatal, Ária cômica, escrita para baixo ou barítono e piano, com texto inspirado em crônica de José Zokner.


As composições corais ora publicadas atendem subdivisão, proposta pelo compositor, em quatro grandes grupos, a saber: Canções e Madrigais a capella, Canções e madrigais para vozes iguais a capella, Formas maiores de inspiração religiosa ou vivencial a capella ou com instrumentos e outras formas menores, também a capella, inspiradas em Música religiosa.

HENRIQUE DE CURITIBA MOROZOWICZ

Em fevereiro de 2008, a morte de Z. Henrique Morozowicz, Henrique de Curitiba, um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, entristeceu família e amigos e significou profunda perda para a Música do Brasil.


Vale ressaltar que composições de Henrique de Curitiba estão incluídas em aproximadamente 42 LPs e/ou CDs, com gravações realizadas em Curitiba, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Londrina, Brasília, Goiânia e também no exterior, na Alemanha, Bélgica, Holanda, nos Estados Unidos, na Argentina e na Itália.


Destaca-se a amplitude e diversidade da produção - instrumental, vocal, coral e orquestral - deste compositor paranaense. Suas obras estão editadas em vários países, além do Brasil e impressiona a quantidade e qualidade de suas 59 composições corais.

Henrique de Curitiba teve seu Catalogo de Obras “Henrique de Curitiba Morozowicz” publicado primeiramente em 1977 pelo Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores e em 1997 foi lançado em Curitiba o Catalogo Temático: Henrique de Curitiba organizado pelas pesquisadoras Liana M. Justus e Miriam C. Bonk.

Dono de personalidade singular, marcante, elegante, que impressionava pelo amplo conhecimento, Henrique Morozowicz, que era pianista, organista, professor, compositor, passou a ser conhecido como Henrique de Curitiba desde 1954 quando foi para São Paulo estudar piano com Henry Jolles e composição com H.J.Koellreuter.

Henrique de Curitiba era pianista, organista, professor, compositor e músico exigente que exerceu funções administrativas importantes para a Música do Paraná como a Direção da EMBAP , Coordenador do Curso de Educação Artística da UFPR, Presidente da Sociedade Pro - Musica de Curitiba, Coordenador da Programação Nacional de Musica (FUNARTE/UFPR), Membro do Conselho Estadual de Cultura do Paraná.

MAESTRO SAMUEL KERR

Samuel Kerr foi regente da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal, de 1972 a 1982, e Diretor da Escola Municipal de Música de 1972 a 1975, em São Paulo.

Regente Titular do Coral Paulistano ganhou o Prêmio APCA 1992 como Regente Coral.
Professor aposentado do Instituto de Artes da UNESP, tem marcado sua carreira artística em trabalhos de corais, experimentando novos recursos de expressão, seja no repertório, seja da maneira de cantar. Nesse sentido, foram marcantes seus trabalhos com a Associação Cantum Nobile, Cia Coral, Coral da UNESP e em muitos corais comunitários que tem organizado.

GLACY ANTUNES DE OLIVEIRA é pianista e educadora; Doutora em Música e Pesquisadora do CNPQ; foi Diretora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, de 2000 a 2008; no Mestrado em Música da UFG, coordena a disciplina Música, Cultura e Sociedade; pertence ao Conselho Municipal de Cultura de Goiânia. Hoje, reside em Curitiba.

GYOVANA DE CASTRO CARNEIRO, professora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG; Mestre em Música, é especialista na promoção de eventos culturais; tem vários artigos publicados, alguns deles especificamente sobre Henrique de Curitiba e sua obra.

Recital do dia 24 de Março de 2010




Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado
"Ciranda da Arte"
Regência: Mto. Cláudio Antunes

É Formada por professores e estudantes de música da rede estadual, os quais participam do "Grupo de Estudo e Pesquisa em Banda" do "Ciranda da Arte" e suas propostas e objetivos são:
a) Promover a articulação entre prática artística e vivência pedagógica;
b) Valorizar a música dos compositores e arranjadores locais, executando um repertório eclético, que inclui as músicas eruditas e populares;
c) Divulgar o repertório da formação musical específica de Banda Sinfônica para os estudantes da rede estadual e;
d) Incentivar os estudantes a apreciação musical e à compreensão crítica vivenciadas no contexto musical goiano.

PROGRAMA


O Guarani (abertura) – Antonio Carlos Gomes (1836 – 1896) –
Simphonic Band Arranger - Hebert L. Clarke (1867 – 1945).

Capriccio Espagnol, Op. 34 – Nicolai Rimsky Korsakov (1844 – 1908) - Mlitary Band Arranger - Frank Winterbottom (1861-1930).


Suite Nordestina - Maestro Duda 1935

Flautas:
Everton Luis (Spalla)
Marcus Vinicius
Marcos Almeida
Natalia Bueno
Lorena Guilarde
Oboé:
Kerle Cristina
Fagotes:
Michelle Bolba
Salomão Marques
Clarinetes:
José Marconi
Carina Bertunes
José De Geus
Ediney Brito
Otoniel Tavares
Julio Marinho
Wesley Marinho
Mario Soares
Welliton Oliveira
Sax Alto:
José Antônio
Wesley Moreira
Sax Tenor:
Marcos Silas
Sax Barítono:
Jorge Humberto
Trompetes:
Nivaldo Camargo
Manassés Barros
Tarcisio Antônio
Alan Kardec
Trompas:
Adenilson Santana
Anderson Afonso
Hebert Silva
Roberson Silva
Mariana de Macedo
Trombones:
Weller Gomes
Kalebe Pinheiro
Jeronimo Mendes
Danilo Andrade
Euphoniuns:
Tarley Rabelo
Ester Oliveira
Tubas:
Elielson Dantas
Davidson Bian
Contrabaixo:
Diuliano Lucena
Percussão:
Dener de Oliveira
Renato Araújo
Henry Francisco
André Prado
Diego Amaral

terça-feira, 16 de março de 2010

Recital do dia 17 de Março de 2010

Música na Escola de Música
APRESENTA
MÚSICA PARA PERCUSSÃO
Francisco Abreu e Fabio Oliveira
17 de Março 2010

PROGRAMA

O programa é bem variado, incluindo obras do minimalismo
norte-americano (Reich), do experimentalismo pós-cageano (Wolff e
Tenney) e um pouco de música brasileira (Eduardo Álvares).

Clapping Music (1972) – Steve Reich (1936)
palmas

A falsa Rumba (1990) – Eduardo Guimarães Álvares (1959)
vibrafone e marimba

Piano Phase (1967) – Steve Reich (1936)
duo de marimbas

Having Never Written a Note for Percussion (1971) – James Tenney (1934-2006)
tam-tams

Prose Collection: Stones (1968-1971) – Christian Wolff (1934)
pedras

Alborada del Gracioso (1905) – Maurice Ravel (1875-1937)
Arranjo: Safri Duo (1990)
duo de marimbas

terça-feira, 9 de março de 2010

Recital do dia 10 de Março de 2010

Goiânia, 9h20, 10 de março de 2010
Teatro da EMAC - UFG

PROFESSORES DA EMAC

em Concerto


Johann Mertz ELEGIA
Marlou Vieira, violão

Francisco Mignone CONGADA
Consuelo Quirese e Maria Lúcia Roriz, piano

Giacomo Puccini CANZONE DI DORETTA
da Ópera La Rondine
Vanessa Bertolini, soprano
Sergio di Paiva, piano

Radamés Gnattali VALSA TRISTE
para Saxofone alto
e piano
Johnson Machado, sax
Carlos Costa, piano



Antonio Marcos Cardoso, trompete

Alain Ridout TOURO FERDINANDO
para Violino e Narração
Alessandro Borgomanero, violino
Angelo Dias, narração

sábado, 6 de março de 2010

Robert Schumann (1810-1856)


Robert Schumann é uma das figuras emblemáticas do romantismo. Desde muito cedo mostrou inclinação para a música e também para a literatura. Foi conduzido, ao longo da vida, por uma forte sensibilidade artística e são conhecidas várias narrativas de como suas inclinações foram despertadas através dos encontros com obras, artistas e músicos.Robert Schumann nasceu em Zwickau, Saxônia (Alemanha) em 1810. Cresceu entre livros -seu pai era livreiro e editor. A mãe, uma mulher culta. Esse ambiente doméstico favoreceu a aproximação do menino com a poesia e a literatura em geral. Era admirador de Lord Byron e E. T. A. Hoffman símbolos de um romantismo às vezes soturno e melancólico, de quem recebeu notória influência em sua obra musical.O próprio Schumann se dedicou à literatura. Além de músico e compositor, era poeta, o que levou parcela da crítica mais apressada a defini-lo como um escritor que, por engano, entregou-se à música.A primeira das desventuras de Schumann ocorreu bem cedo. Apaixonou-se e foi correspondido por Clara, a filha de seu professor de música, o severo Friederich Wieck. O professor, que havia criado Clara para ser uma virtuose do piano, não aprovou o namoro dos dois jovens. Schumann era um dos mais pobres e, imaginava ele, menos promissores de seus alunos. O antigo mestre tornou-se, então, um feroz inimigo. Wieck despachou a filha para uma turnê pela Europa, enquanto acusava Schumann de ser alcoólatra e demente. Começava ali um longo conflito judicial, que só terminou cinco anos depois, em 1840, quando a moça completou 21 anos e conseguiu, nos tribunais, permissão para se casar com Schumann, contrariando a vontade paterna. Naquele ano, o compositor teve seu ano mais produtivo. "Não posso te dizer como tudo me vem facilmente. Frequentemente componho em pé, ou caminhando, não mais ao piano. É uma música totalmente diferente daquela que primeiro passa pelos dedos, é muito mais direta e melodiosa. Tenho tanta música em mim que poderia cantar o dia inteiro", escreveu numa carta à esposa.Aos 22 anos, Schumann já sentia os efeitos de uma doença degenerativa que iria lhe dificultar o movimento dos dedos e, em pouco tempo, impossibilitá-lo de continuar tocando piano. A acalentada idéia de se tornar um grande concertista caiu por terra. Em compensação, Schumann passou a se entregar com afinco ao exercício da composição. Aos 25 anos, em 1835, produziu uma de suas obras-primas, Carnaval. Mas, à época, a fama da mulher como exímia instrumentista crescia mais depressa do que a sua. Tratado como "o marido da pianista", sofreu com crises de depressão e, posteriormente, começou a sentir alucinações e surtos psicóticos.Enquanto sua carreira não decolava, Schumann tornou-se conhecido como crítico musical. Em 1834, fundou a Nova Revista de Música, em que publicava artigos sobre os principais compositores e intérpretes alemães da época, além de promover artistas iniciantes, principalmente Brahms, de quem se tornou grande amigo e que viria a se tornar quase um membro de sua família. Em 1843, a convite de Mendelssohn, Schumann foi contratado para dar aulas no Conservatório de Leipzig, mas não se revelou um bom professor. Nessa época, viajou para a Rússia em companhia da esposa e, quando voltou à Alemanha, os distúrbios psíquicos revelaram-se cada vez mais graves. Decidiu então morar em Dresden e, posteriormente, em Düsseldorf, onde arranjou o emprego de diretor musical de orquestra. A saúde e os surtos psicóticos, porém, comprometeram seu trabalho. Novo fracasso.A partir de 1845, a qualidade das obras de Schumann visivelmente começou a cair. Deprimido, em 1856, as idéias de suicídio passaram a atormentar-lhe com insistência. Naquele ano, chegou a jogar-se no rio Reno, mas foi salvo por um grupo de barqueiros. Por vontade própria, foi enviado logo depois a um manicômio em Endenich, próximo a Bonn, onde morreu ao lado da esposa, Clara, e do amigo e discípulo Brahms.


O Concerto em Lá Menor para Piano e Orquestra foi dedicado à sua noiva Clara Wieck e teve seu primeiros esboços em 1833. Entretanto, somente em 1841 a obra foi amadurecida, com Clara e Robert já casados e publicada apenas em 1845, com a adição de um movimento lento e um Finale. Foi dedicado formalmente ao famoso pianista Ferdinand Hiller, certamente com intenções de popularizar a obra, mas foi estreado com Clara ao piano em 4 de dezembro de 1845 em Dresden.