Música na Escola de Música
Apresenta
RECITAL SEMANA DO VIOLÃO DA EMAC
Dia 25/11
9:20
Sobre os compositores do Concerto
Apresenta
RECITAL SEMANA DO VIOLÃO DA EMAC
Dia 25/11
9:20
Sobre os compositores do Concerto
Manuel de Falla (1876-1946) O folclore recolhido “in situ” assimilado dos estudos de seu mestre Felipe Pedrell e através dos melhores “Cancioneros” espanhóis são a base das Siete Canciones Españolas, originalmente escritas para voz e piano. Falla utiliza-se de temas originários de diversas regiões da Espanha como Murcia, Asturia, Aragon e sobretudo Andaluzia, para penetrar no mais fundo de seus conteúdos melódicos, rítmicos e harmônicos e oferecer uma composição onde a inspiração pessoal foi colocada a serviço das fontes originais. Seu conjunto constitui um dos mais belos e perfeitos modelos de música nacionalista espanhola. Foram iniciadas em 1914 e estreadas em Madri em 1915 tendo ao piano o próprio Manuel de Falla.
Enrique Granados (1867-1916) Renomado pianista e criador de um estilo moderno de composição espanhola, teve a carreira tragicamente interrompida por um torpedo alemão em março de 1916, quando ele estava no apogeu de sua fama e glória. Sua Goyescas tinha sido levada ao palco do Metropolitan Opera em New York dois meses antes e, devido ao sucesso foi convidado para um concerto para o Presidente Wilson na Casa Branca. A tonadilla era um tipo de entretenimento teatral popular em Madri nos princípios do Sec. XIX na qual elementos sofisticados eram entrelaçados com um simples fundo cênico. O propósito de Granados foi o de evocar os tempos de Goya utilizando harmonias antigas e acompanhamentos que sugerem instrumentos folclóricos.
Federico García Lorca (1898-1936) Excelente pianista que tanto se acompanhava ao piano, como também a outros intérpretes, podendo isto ser observado na gravação de cinco discos de cantos populares realizada em 1931 para a HMV, com a dançarina e cantora espanhola Encarnación Lópes Júlvez, mais conhecida como “La Argentinita”. Ambos já haviam trabalhado juntos na montagem de “El Malefício de la Mariposa” em 22 de março de 1920 e o reencontro se deu em 1929, quando o poeta viajou para aos Estados Unidos. O “poeta dos ciganos” também estudou guitarra, recebendo as primeiras lições de sua tia Isabel García Rodriguez Lorca. No verão de 1921, Lorca tomou lições de guitarra e flamenco com dois ciganos de Fuente Vaqueros (Lombardo e Frasquito er de la Fuente). Na época escreveu a Adolfo Salazar e entusiasmado referi-se ao Flamenco como uma das maiores invenções do povo espanhol. Afirmou já ser capaz de acompanhar Fandangos, Peteneras, Tarantos, Bulerías e Romeras. Em vários de seus poemas, tais como “La Guitarra”, “Las seis cuerdas” e “Adivinanza de la Guitarra”, ele revela um grau de intimidade e fascínio, tanto pela constituição como pela sonoridade característica desse instrumento. Em uma de suas conferências sobre a arquitetura do Cante Jondo ele disse: “La guitarra há occidentalizado el cante, y há hecho belleza sin par, y belleza positiva del drama andaluz...”
Composto em 1951 "Romancero Gitano" é um conjunto de sete peças em forma de suíte publicado em 1961 por Bote & Bock, Berlin. Escrito para coro de quatro vozes mistas e violão solista utilizando a técnica polifônica a dos antigos madrigais porém com marcante sabor espanhol pois sua fonte de inspiração são as poesias do poeta espanhol Federico García Lorca que era fascinado pelo música flamenca associada aos ciganos da Andaluzia. Apesar do título, Castenuovo-Tedesco não utiliza poemas do Romancero Gitano de 1928, mas sim de outra coletânea de poemas intitulado "Poema del Cante Jondo" (poema do canto profundo), de 1921, que representa um primeiro passo do poeta na exploração do carater existencial da alma andalusa. Nascido em Florença em 1895 em uma família Toscana de origem sefardita, Mario Castenuovo-Tedesco no período entre guerras ele se estabeleceu como pianista atuando como solista, acompanhador e camerista e como crítico de vários jornais. Após a legislação racial italiana em 1938, fugindo do ascendente fascismo na Italia ele mudou-se para os USA em 1939 com o suporte de Heifetz e Toscanini. De 1940 a 1956 ele trabalhou em vários estúdios de Hollywood, colaborando com 250 produções. Ao mesmo tempo continuou seus trabalhos como compositor produzindo cerca de 70 trabalhos de todos os tipos, incluindo oratórios e cantatas, canções, óperas, concertos, composições para violão e para piano. Naturalizou-se americano em 1946 e ensinou composição até 1968, ano de sua morte, no Conservatório de Los Angeles onde teve como alunos Henry Mancini, Jerry Goldsmith, John T. Williams e André Previn.
PROGRAMA
El mirar de la Maja Enrique Granados
El tra la la y el Punteado Enrique Granados
Nana Manuel de Falla
Jota Manuel de Falla
El Cafe de Chinitas F. García Lorca
Las Morillas de Jaen F. García Lorca
Zorongo F. García Lorca
Sevillanas Siglo XVIII F. García Lorca
Joana Christina Azevedo (Canto)
Pedro Martelli (Violão)
Romancero Gitano Op.152 (1951)
Mario Castelnuovo-Tedesco Federico García Lorca
La Guitarra (Andantino)
Baladilla de los Tres Rios (Fluente)
Puñal (Mosso-Feroce)
Procesion (Procesion- quasi introduzione, Paso- piano e solemne, Saeta- marcia,molto moderato)
Memento (Tempo di Tango)
Baile (Tempo di Seguidilla)
Crótalo (Furioso)
Solistas: Soprano – Daniele Nastri Mezzo-soprano – Wanessa Rodrigues
Tenor – Hélenes alberto Lopes Barítonos – André Campello e Rafael Borges
Declamação do Poema La Guitarra – José Ricardo Eterno
CORO DE CAMARA DA EMAC
Joana Christina Azevedo (Regente)
Pedro Martelli (Violão)