terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Recital de Piano



Laura Umbelino, piano
Dia 09/12 - 20:00
Auditório do Instituto Maria Auxiliadora


LAURA UMBELINO, piano

Natural de Goiânia, Laura iniciou seus estudos de piano aos 6 anos de idade na classe da professora Ericka Vilela.
Participou de master classes com os professores: Michael Uhde (Alemanha), Fany Solter e Luís Blumenschein (Brasil-Alemanha), Fernando Garcia Torres (México), Pierre Feraux (Bélgica), Viktor Chouchkov (Bulgária), Caio Pagano (Brasil-Portugal), Sérgio Gallo (Brasil-EUA) Mauricy Martin, Maria Teresa Madeira e Celina Srzvinsk (Brasil).
Em janeiro de 2004, a pianista Laura Umbelino tocou a Suíte nº3 para o compositor Ronaldo Miranda, autor da referida obra, na Sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro-RJ.
Participou do “28º Curso Internacional de Verão em Brasília”, em Janeiro de 2006; do “32º, 33º e 34º Festival Nacional de Música” em Goiânia. Foi uma dos 15 pianistas bolsistas selecionados para o “I Encontro de Pianistas em Paraty”, realizado pelo Instituto de Artes da UNICAMP, em Julho de 2008.
Dentre os prêmios obtidos, merecem destaque: 1º lugar no XVII Concurso Nacional de Piano “ArtLivre” em 2004, realizado em São Paulo-SP ; em agosto de 2004 foi uma das 4 pianistas selecionados no Furnas Geração Musical em Goiânia; 2º lugar no XVIII Concurso Nacional Cidade de Araçatuba-SP em 2001; em 2000- 2º lugar no XIII Concurso Nacional de Piano ARTLIVRE; em 1999- 2º lugar no III Concurso Internacional Honorina Barra, em Curitiba-PR; em 1999- 2º lugar no VIII Concurso Nacional Souza Lima. Em 2008 - 2º lugar no Concurso Jovens Talentos da EMAC/UFG; em 2009 - 1º lugar no Concurso Jovens Talentos da EMAC/UFG.
Na EMAC/UFG desenvolveu intenso trabalho em música de câmara ao lado do violinista Daniel Vieira, sob a orientação da professora Ana Flávia Frazão
No final de 2009, conclui com nota máxima o curso de Bacharelado em Piano, na classe da Profª Gyovana Carneiro, na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.
Em 2010 inicia o curso de Mestrado em Música na Universidade Federal de Goiás, desenvolvendo pesquisa sobre o compositor Ronaldo Miranda, orientada pela professora Dra. Glacy Antunes de Oliveira.


PROGRAMA

L. V. Beethoven (1770-1827)
Sonata op. 81a nº 26
1º movimento

R. Schumann (1810 – 1856)
Papillons Op.2

F. Liszt (1811-1886)
Murmúrios na Floresta

A. Scriabin (1872-1915)
Estudo opus 8 nº 11

Ronaldo Miranda (1948- )
Estrela Brilhante


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Concerto do dia 25 de novembro de 2009

Música na Escola de Música
Apresenta


RECITAL SEMANA DO VIOLÃO DA EMAC
Dia 25/11
9:20

Sobre os compositores do Concerto

Manuel de Falla (1876-1946) O folclore recolhido “in situ” assimilado dos estudos de seu mestre Felipe Pedrell e através dos melhores “Cancioneros” espanhóis são a base das Siete Canciones Españolas, originalmente escritas para voz e piano. Falla utiliza-se de temas originários de diversas regiões da Espanha como Murcia, Asturia, Aragon e sobretudo Andaluzia, para penetrar no mais fundo de seus conteúdos melódicos, rítmicos e harmônicos e oferecer uma composição onde a inspiração pessoal foi colocada a serviço das fontes originais. Seu conjunto constitui um dos mais belos e perfeitos modelos de música nacionalista espanhola. Foram iniciadas em 1914 e estreadas em Madri em 1915 tendo ao piano o próprio Manuel de Falla.

Enrique Granados (1867-1916) Renomado pianista e criador de um estilo moderno de composição espanhola, teve a carreira tragicamente interrompida por um torpedo alemão em março de 1916, quando ele estava no apogeu de sua fama e glória. Sua Goyescas tinha sido levada ao palco do Metropolitan Opera em New York dois meses antes e, devido ao sucesso foi convidado para um concerto para o Presidente Wilson na Casa Branca. A tonadilla era um tipo de entretenimento teatral popular em Madri nos princípios do Sec. XIX na qual elementos sofisticados eram entrelaçados com um simples fundo cênico. O propósito de Granados foi o de evocar os tempos de Goya utilizando harmonias antigas e acompanhamentos que sugerem instrumentos folclóricos.

Federico García Lorca (1898-1936) Excelente pianista que tanto se acompanhava ao piano, como também a outros intérpretes, podendo isto ser observado na gravação de cinco discos de cantos populares realizada em 1931 para a HMV, com a dançarina e cantora espanhola Encarnación Lópes Júlvez, mais conhecida como “La Argentinita”. Ambos já haviam trabalhado juntos na montagem de “El Malefício de la Mariposa” em 22 de março de 1920 e o reencontro se deu em 1929, quando o poeta viajou para aos Estados Unidos. O “poeta dos ciganos” também estudou guitarra, recebendo as primeiras lições de sua tia Isabel García Rodriguez Lorca. No verão de 1921, Lorca tomou lições de guitarra e flamenco com dois ciganos de Fuente Vaqueros (Lombardo e Frasquito er de la Fuente). Na época escreveu a Adolfo Salazar e entusiasmado referi-se ao Flamenco como uma das maiores invenções do povo espanhol. Afirmou já ser capaz de acompanhar Fandangos, Peteneras, Tarantos, Bulerías e Romeras. Em vários de seus poemas, tais como “La Guitarra”, “Las seis cuerdas” e “Adivinanza de la Guitarra”, ele revela um grau de intimidade e fascínio, tanto pela constituição como pela sonoridade característica desse instrumento. Em uma de suas conferências sobre a arquitetura do Cante Jondo ele disse: “La guitarra há occidentalizado el cante, y há hecho belleza sin par, y belleza positiva del drama andaluz...”

Composto em 1951 "Romancero Gitano" é um conjunto de sete peças em forma de suíte publicado em 1961 por Bote & Bock, Berlin. Escrito para coro de quatro vozes mistas e violão solista utilizando a técnica polifônica a dos antigos madrigais porém com marcante sabor espanhol pois sua fonte de inspiração são as poesias do poeta espanhol Federico García Lorca que era fascinado pelo música flamenca associada aos ciganos da Andaluzia. Apesar do título, Castenuovo-Tedesco não utiliza poemas do Romancero Gitano de 1928, mas sim de outra coletânea de poemas intitulado "Poema del Cante Jondo" (poema do canto profundo), de 1921, que representa um primeiro passo do poeta na exploração do carater existencial da alma andalusa. Nascido em Florença em 1895 em uma família Toscana de origem sefardita, Mario Castenuovo-Tedesco no período entre guerras ele se estabeleceu como pianista atuando como solista, acompanhador e camerista e como crítico de vários jornais. Após a legislação racial italiana em 1938, fugindo do ascendente fascismo na Italia ele mudou-se para os USA em 1939 com o suporte de Heifetz e Toscanini. De 1940 a 1956 ele trabalhou em vários estúdios de Hollywood, colaborando com 250 produções. Ao mesmo tempo continuou seus trabalhos como compositor produzindo cerca de 70 trabalhos de todos os tipos, incluindo oratórios e cantatas, canções, óperas, concertos, composições para violão e para piano. Naturalizou-se americano em 1946 e ensinou composição até 1968, ano de sua morte, no Conservatório de Los Angeles onde teve como alunos Henry Mancini, Jerry Goldsmith, John T. Williams e André Previn.



PROGRAMA


El mirar de la Maja Enrique Granados
El tra la la y el Punteado Enrique Granados
Nana Manuel de Falla
Jota Manuel de Falla
El Cafe de Chinitas F. García Lorca
Las Morillas de Jaen F. García Lorca
Zorongo F. García Lorca
Sevillanas Siglo XVIII F. García Lorca

Joana Christina Azevedo (Canto)
Pedro Martelli (Violão)


Romancero Gitano Op.152 (1951)
Mario Castelnuovo-Tedesco Federico García Lorca
La Guitarra (Andantino)
Baladilla de los Tres Rios (Fluente)
Puñal (Mosso-Feroce)
Procesion (Procesion- quasi introduzione, Paso- piano e solemne, Saeta- marcia,molto moderato)
Memento (Tempo di Tango)
Baile (Tempo di Seguidilla)
Crótalo (Furioso)
Solistas: Soprano – Daniele Nastri Mezzo-soprano – Wanessa Rodrigues
Tenor – Hélenes alberto Lopes Barítonos – André Campello e Rafael Borges
Declamação do Poema La Guitarra – José Ricardo Eterno


CORO DE CAMARA DA EMAC
Joana Christina Azevedo (Regente)

Pedro Martelli (Violão)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Concerto do dia 18 de novembro de 2009

Villa-Lobos (1887 – 1959)

Música na Escola de Música
Apresenta


Recital em homenagem
Villa-Lobos
Dia 18/11 – 09:20


Villa-Lobos (1887 – 1959)


Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil. As viagens que fez pelo interior do país influenciaram suas composições. Entre elas, destacam-se: "Cair da Tarde", "Evocação", "Miudinho", "Remeiro do São Francisco", "Canção de Amor", "Melodia Sentimental", "Quadrilha", "Xangô", "Bachianas Brasileiras", "O Canto do Uirapuru", "Trenzinho Caipira".Em 1903, Villa-Lobos terminou os estudos básicos no Mosteiro de São Bento. Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas. Conheceu músicos famosos como Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e João Pernambuco.No período de 1905 a 1912, Villa-Lobos realizou suas famosas viagens pelo norte e nordeste do país. Ficou impressionado com os instrumentos musicais, as cantigas de roda e os repentistas. Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições. Nessa época, já havia composto suas primeiras peças para violão "Suíte Popular Brasileira", peças para música de câmara, sinfonias e os bailados "Amazonas" e "Uirapuru". A crítica considerava seus concertos modernos demais. Mas à medida que se apresentava no Rio e São Paulo, ganhava notoriedade.Em 1919, apresentou-se em Buenos Aires, com o Quarteto de Cordas no 2. Na semana da Arte Moderna de 1922, o aceitou participar dos três espetáculos no Teatro Municpal de São Paulo, apresentando, entre outras obras, "Danças Características Africanas" e "Impressões da Vida Mundana".Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos viajou para Paris financiado pelos amigos e pelos irmãos Guinle. Com o apoio do pianista Arthur Rubinstein e da soprano Vera Janacópulus, Villa-Lobos foi apresentado ao meio artístico parisiense e suas apresentações fizeram sucesso.Retornou ao Brasil em final de 1924. Em 1927, voltou à Paris com sua esposa Lucília Guimarães, para fazer novos concertos e iniciar negociações com o editor Max Eschig. Três anos depois, voltou ao Brasil para realizar um concerto em São Paulo. Acabou por apresentar seu plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com 12 mil vozes. Após dois anos assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística. A partir de então, a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o Curso de Pedagogia de Música e Canto. Em 1933, foi organizada a Orquestra Villa-Lobos.Villa-Lobos apresentou seu plano educacional, em 1936, em Praga e depois em Berlim, Paris e Barcelona. Escreveu à sua esposa Lucília pedindo a separação, e assumiu seu romance com Arminda Neves de Almeida, que se tornou sua companheira. De volta ao Brasil, regeu a ópera "Colombo" no Centenário de Carlos Gomes e compôs o "Ciclo Brasileiro" e o "Descobrimento do Brasil" para o filme do mesmo nome produzido por Humberto Mauro, a pedido de Getúlio Vargas.Em 1942, quando o maestro Leopold Stokowski e a The American Youth Orchestra foram designados pelo presidente Roosevelt para visitar o Brasil O maestro Stokowski realizou concertos no Rio de Janeiro e solicitou a Villa-Lobos que selecionasse os melhores músicos e sambistas, a fim de gravar a Coleção Brazilian Native Music. Villa-Lobos reuniu Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Cartola e outros, que sob sua batuta realizaram apresentações e gravaram a coletânea de discos, pela Columbia Records.Em 1944/45, Villa-Lobos viajou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fundou a Academia Brasileira de Música. Dois anos antes de sua morte, o maestro compôs "Floresta do Amazonas"para a trilha de um filme da Metro Goldwyn Mayer. Realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, Israel, além de marcar importante presença no cenário musical latino-americano.Praticamente residindo nos EUA entre 1957 e 1959, Villa-Lobos retornou ao Brasil para as comemorações do aniversário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a saúde abalada, foi internado para tratamento e veio a falecer

PROGRAMA


. Luis Carlos Furtado (Flauta) e Pedro Martelli (Violão)
- DISTRIBUIÇÃO DE FLORES

. Pedro Martelli (Violão) - ESTUDO Nº 4

. Joana Christina (Canto) e Pedro Martelli - (violão)
- MODINHA Nº 5
- CANÇÃO DO AMOR

. Luis Carlos Furtado (Flauta) Johnson Machado - Clarineta
- CHOROS Nº 2

. Consuelo Quireze (Piano) - VALSA DA DOR

. Adriana Aguiar (Piano) - ALMA BRASILEIRA

. Consuelo Quireze e Maria Lucia Roriz - (Piano a Quatro Mãos)
- MOMOPRECOCE – A Folia de um Bloco Infantil


. Coro de Camara da EMAC – UFG - MAGNIFICAT - ALLELUIA
Solista – Wanessa Rodrigues
Pianista – Luis Felipe Giunta
Joana Christina Azevedo (Regência)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Concerto do dia 11 de novembro de 2009

Música na Escola de Música
Apresenta


Dia 11/11
9:20

Luciano Pontes, violino
Luiz Felipe Giunta, piano



Luciano Pontes, violino nasceu em Goiânia em 1984. Iniciou seus estudos musicais com seu pai, aos sete anos de idade, e, aos quinze, passou a receber orientação de Alex Nascimento e Salmo Lopes. Diplomou-se em violino em 2005, com o título de Bacharel em Música - Habilitação em Violino, pela Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, na classe do Prof. Alessandro Borgomanero, com quem estudou por cinco anos. Participou de vários cursos e master classes com renomados violinistas, tais como: Rodolfo Bonucci, Evgenia Popova, Paulo Bosisío, Daniel Guedes, Enio Antunes, Ruben Aharonian, Albrech Breuninger, Lavard Skou Larsen, Carmelo De Los Santos. Foi spalla da Orquestra de Câmara Goyazes por quatro temporadas. Entres as orquestras que se apresentou como solista destacam-se: Orquestra Sinfônica de Goiânia, Sinfônica de Professores do CEP em Artes Basileu França, Sinfônica Jovem de Goiás, Sinfônica da Bahia, Orquestra de Câmara Goyazes e Orquestra de Câmara da UFG. Apresentou-se como recitalista e concertista em importantes salas de concertos pelo Brasil tais como: Teatro Goiânia, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Teatro Levino de Alcântara, Teatro Castro Alves, Auditório Cláudio Santoro, Sala São Paulo e Mosteiro de São Bento. Entre os compositores dos quais executou obras famosas com orquestra destacam-se Bruch, Bach, Wieniavski, Mendelssohon, Saint Saens, Beethoven e Vivaldi. Ganhou vários prêmios e venceu vários concursos destacando-se: os primeiros lugares no X Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio, IV Concurso Nacional para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica da Bahia, Concurso Público para a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília na categoria violino; o Prêmio ''Música Viva'', recebido do Maestro Ira Levin pelo seu bom desempenho como spalla da Orquestra Acadêmica do I Festival Internacional de Inverno de Brasília; o Concurso do II Festival Jovem Internacional de Brasília (2007) na categoria solista. Em 2004 recebeu do Conselho de Cultura do Estado de Goiás o diploma de ''Destaque Cultural do ano'‘.
Em 2007 freqüentou as aulas da Academia da OSESP, na classe de violino do prof. Emanuelle Baldini, e se apresentou em inúmeros concertos como violinista convidado junto a esta orquestra, inclusive gravando obras importantes do repertório sinfônico sob a direção do Maestro John Neschling; em 2008 foi spalla da Orquestra do Estado do Mato Grosso, participando de duas grandes turnês pelo Brasil contabilizando mais de 100 concertos como spalla da OEMT, gravou também DVDs e CDs com esta orquestra; em 2009 tem participado de inúmeros concertos como chefe de naipe convidado junto à Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro à convite do Maestro Ira Levin, e como spalla da Orquestra do Estado de Mato Grosso.

Luiz Felipe Giunta, piano iniciou os estudos de piano aos 13 anos em São José do Rio Preto. Em 2001 ingressou na Escola de Música e Artes Cênicas da UFG e iniciou sua graduação na classe da Prof.ª Maria Helena Jayme, estudando posteriormente com a Prof.ª Lucia Barrenechea, Luiz Medalha e Ana Flávia Frazão. Foi solista frente à Orquestra Sinfônica da Bahia sob a regência de Osvaldo Colarusso em 2005. Luiz Felipe foi premiado em diversos concursos de piano e música de câmara, e se apresentou em várias cidades do Brasil e da Europa. A partir de outubro de 2005, ingressou na Hochschule für Musik Karlsruhe com bolsista do governo alemão. Na Alemanha estudou piano e música de câmara com os Profs. Michael Uhde, Markus Stange, Liedgestaltung na classe do Prof. Matthias Alteheld e concluiu, em 2009, seu Mestrado na classe da
Prof.ª Kaya Han. Desde Maio de 2009 é Professor Substituto na EMAC/UFG.


PROGRAMA


C. Guarnieri (1907-1993)
-Canto N.1
-Encantamento
L. van Beethoven (1770-1827)
Sonata Op. 30 N.1 em Lá maior (1802)
I- Allegro
II-Adagio molto espressivo
III- Allegretto con Variazioni
H. Wieniawski (1835-1880)
Polonaise de Concerto

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Concerto do dia 04 de novembro de 2009

Música na Escola de Música
Apresenta

Capa frente

CORO DE CÂMARA DA EMAC/UFG
Dia 04/11 – 09:20


Componentes do Coro de Câmara da EMAC/UFG

Sopranos: Daniele Nastri, Joyce Moreira, Larissa Martins, Mellissa Saboia, Mônica Chagas, Natália Bueno de Oliveira, Pâmella Calaço, Patrícia Mello

Contraltos: Jéssica Pacheco, Joana Christina Azevêdo, Marcos Roberto Santos, Maria do Socorro Costa, Michelle Lima, Nathália Sbardelotto Secco, Wanessa Rodrigues

Tenores: André Gomes, Cláudio de Araújo, Danilo Duarte, Hélenes Alberto Lopes, José Ricardo Eterno, Márcio Lisboa, Vinícius Guimarães

Baixos: André Campelo, Antônio Cardoso, Giovane Melo, Jânio Matias, Rafael Borges


Regente do Coro de Câmara da EMAC/UFG: Joana Christina Azevêdo

Pianista: Luiz Felipe Giunta



PROGRAMA

. Giovanni Pierluigi da Palestrina – Sicut Cervus
Regente: Rafael Borges

. Johannes Brahms / Fr. Schiller – Der Abend
Regente: Márcio Lisboa

. Charles Gounod – Sanctus da Missa de Santa Cecília
Solista: Tenor – Hélenes Alberto Lopes
Regente: Jânio Matias

. Charles Gounod - Benedictus da Missa de Santa Cecília
Solista: Soprano – Patrícia Mello
Regente: Vinícius Guimarâes

. Gabriel Fauré – Cantique de Jean Racine
Regente: Aníbal Araújo

. Traditional Spiritual – My Soul’s Been Anchored in the Lord - Arranjo: Moses Hogan
Regente: Rafael Borges

. Chico Buarque/Edu Lobo – Beatriz - Arranjo: Alexandre Zilahi
Regente: Cláudio de Araújo

. Astor Piazzola – Adios Nonino.
Regente: Pâmella Calaço

. Heitor Villa-Lobos – Magnificat – Alleluia
Solista: Mezzo-soprano – Wanessa Rodrigues
Regente: Vinícius Guimarães


sábado, 24 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Robert Schumann (1810-1856)


Robert Schumann (1810-1856)

É a personificação do artista romântico do séc. XIX. Seu tempestuoso caso amoroso que culminou em seu casamento com Clara Wieck, sua doença mental progressiva e o ataque final foram explorados à exaustão, até mais que sua contribuição como compositor. Um dos mais representativos compositores do período romântico, sua habilidade se destaca na arte da canção e das peças curtas para piano. Costumava agrupar suas peças em séries, às vezes como uma narrativa, com cada peça apresentando um título descritivo. Diferentemente de Beethoven, Schumann não mudou notadamente seu estilo de escrita durante sua vida. Suas últimas obras apresentam pouca diferença das obras da juventude, exceto por alguns aspectos técnicos.Um idealista e sonhador cuja vida interior se tornou sua vida real; em sua música, exalta a paixão de uma forma raramente superada no séc. XIX. Suas composições não são derivadas exclusivamente de fontes literárias ou musicais; também se envolvia com questões psicológicas. Essa preocupação – que é evidenciada pelas complexidades musicais, enigmas e títulos descritivos obscuros – confere um espírito de fantasia à sua música.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)


Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Iniciou seus estudos ainda criança com seu pai. Aos 12 anos, órfão de pai, Villa-Lobos passou a tocar violoncelo em teatros, cafés e bailes; paralelamente, interessou-se pela intensa musicalidade dos "chorões” representantes da melhor música popular do Rio de Janeiro, e, neste contexto, desenvolveu-se também no violão. De temperamento inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do Brasil, primeiras etapas de um processo de absorção de todo o universo musical brasileiro. Em 1913 Villa-Lobos casou-se com a pianista Lucília Guimarães, indo viver no Rio de Janeiro. Em 1915 realiza o primeiro concerto com obras de sua autoria. Villa-Lobos participou da Seman de Arte Moderna de 1922 apresentando-se em três dias com três diferentes espetáculos. Em 1948, casou-se com Arminda Neves d'Almeida a Mindinha, que depois de sua morte se encarregaria da divulgação de uma obra monumental. O impacto internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e EUA. Em 1960, o governo do Brasil criou o Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro.

Para melhor compreender o concerto do dia 21/10/09


Luigi Boccherini (1743 – 1805)
Compositor clássico italiano, famoso por vários dos seus minuetos. Virtuose do violoncelo desde muito jovem, mudou-se em 1756 para Roma, onde estudou com Giovanni Constanzi, diretor musical da Basílica de São Pedro. A partir de 1757, quando foi convidado a tocar na orquestra do Teatro Imperial de Viena, e até 1769, data da sua chegada à corte de Madri, Boccherini desenvolveu atividade intensa em diversos países, ao mesmo tempo em que absorvia as novas técnicas musicais. Os seis trios para dois violinos e violoncelo, que estreou em viena em 1760, as seis sonatas para cravo e violino, apresentada em Paris em 1766, e o popularizavam suas músicas em toda a Europa. Radicado em Madri desde 1769, Boccherini ocupou o cargo de músico da corte e dedicou-se de corpo e alma a sua produção musical, alheio às intrigas que o rodeavam. Desta prolífica etapa datam os seis quartetos de cordas 1772, o Stabat Mater 1781, para vozes e orquestra, a zarzuela La clementina 1786 e números trios, quartetos e do quintetos como formas musicais. Depois de perder as simpatias da corte e a populariedade, Boccherini viveu seus últimos anos atormentado pela miséria e doença. Morreu em Madri em 28 de maio de 1805.

Concerto do dia 21 de outubro de 2009

Música na Escola de Música
Apresenta


Dia 21/10 – 09:20
Pedro Bielschowsky, violoncelo
Mechthild Bier, flauta
Consuelo Quireze, piano

Pedro Bielschowsky-violoncelo
Recebeu suas primeiras aulas de violoncelo em sua cidade natal, Rio de Janeiro, com Ralph Norman. Após estudos na Escola Superior de Música “Franz Liszt” de Weimar, Alemanha, onde recebe deu diploma artístico, realiza pós-graduação na mesma instituiçao e no Conservatório Nacional de Strasbourg, França. Entre seus principais mestres destacam-se Edgar Fischer, no Chile, M.L. Leihenseder-Ewald, na Alemanha, e o renomado catedrático Jean Deplace, na França. Participou de diferentes orquestras e “ensembles” na Alemanha e França que o permitem percorrer salas de concerto da Ásia, América do Norte e Europa. Apresenta-se em recitais com o pianista Sergio Gomes Pontes no Brasil e na Europa, realizando gravações em rádio e televisão. Recebeu o Primeiro Prêmio no concurso internacional para jovens violoncelistas Jorge Peña Hen em La Serena, Chile, e o premio “integraçao” do Ministerio de Cultura do estado da Turingia, Alemanha, pela criação de uma orquestra de câmara com fins sócio culturais. É membro fundador e presidente da associação Música Iberoamericana que tem como meta difundir a música clássica do século XX e XXI dos países de dito âmbito geográfico.

Mechthild Bier- flauta
é graduada pela escola Superior de Música “Franz Liszt” de Weimar, Alemanha e pós-graduada do Conservatório Nacional de Strasbourg, França. RecebeU prêmios ao longo de sua trajetoria em diferentes concursos como solista e camerista. ParticipOU de orquestras de renome como a Orquestra Mundial da “Jeunesses Musicales” e da Orquestra Européia de Escolas Superiores de Musica . É artista convidada da “Landeskapelle Eisenach” e da orquestra Filarmônica de Erfurt além de Integrar o ensemble de música contemporânea “Via Nova”. Por quase uma década desenvolve intenso trabalho como pedagoga de Flauta Transversa nas escolas de música das Cidades de Ilmenau e Bad Waldsee , na Alemanha. Em 2006 participOU de tournée de concertos como artista convidada do “Duo Pontes” executando musica Brasileira do século XX. Desde maio de 2008 mora em Belo Horizonte onde vem se apresentando regularmente como solista convidada da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.


Consuelo Quireze - piano
Pianista goiana, Bacharel em Piano e Licenciatura em Música. Especialista em Didática do Piano e Interpretação Musical com Belkiss Spenzieri Carneiro de Mendonça e Mestre em Música- Performance pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estudou com Maria Augusta Callado, Belkiss S. Carneiro de Mendonça e M. Camargo Guarnieri,este último,foco de sua dissertação de mestrado.A pianista tem se apresentado em Goiás, em várias cidades do Brasil e no exterior como solista e camerista, a exemplo de concerto na Embaixada de Portugal, em 1998, quando da homenagem ao Prêmio Nobel de Literatura José Saramago; como solista de orquestra e ainda em duos e trios, ao lado de músicos como Gottfried Engels, Anthony Schelba, Henrique Vieira, Dominique Morel, Douglas Nemish.Desde 1998, forma um Duo com a pianista Maria Lúcia Roriz, com programas dedicados principalmente à divulgação da música brasileira. São intérpretes de diversas primeiras audições de obras de compositores brasileiros, algumas delas na condição de dedicatárias. Com o soprano Marília Álvares também se dedica à performance da canção de câmara brasileira e internacional.Consuelo tem se apresentado em várias salas de concertos e teatros em seu estado, nas cidades de São Paulo, Rio de janeiro. Belo Horizonte, dentre outras, bem como em Otawa e Montreal, no Canadá (2005, 2006, 2007) Lisboa, - Fundação Gulbenkian, Palácio Foz e Mosteiro de Alcobaça - em Portugal ( 2008) e ainda na França em 2005.A pianista gravou a convite do Museu da Imagem e do Som do Estado de Goiás, a trilha sonora para um documentário sobre a historiadora e folclorista Regina Lacerda, de autoria do compositor Fernando Cupertino, com quem forma o Duo Terra Brasilis com intensa atividade em recitais no Brasil e exterior, com foco na canção de câmara brasileira .


PROGRAMA


Luigi Boccherini (1743-1805)

Sonata em Sol Maior para Violoncelo e Piano
Largo
Allegro alla Militare
Minuetto

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Assobio a Jato para Flauta Transversal e Violoncelo
Allegro non Troppo
Adagio
Vivo

Robert Schumann (1810-1856)

Fantasiestücke (Peças de Fantasia) opus 73 para Violoncelo e Piano
Zart und mit Ausdruck (Delicado e com expressão)
Lebhaft, leicht (Vivo, leve)
Rasch und mit Feuer ( Rápido e com fogo)


Pedro Bielschowsky, violoncelo
Mechthild Bier, flauta
Consuelo Quireze, piano

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Música na Escola de Música


Música na Escola de Música
Apresenta
07/10/09
9;20
Teatro da EMAC

Grupo Fé Menina

Fabiana Tavares – voz , Gilka Martins
– voz e arranjos vocais e Mônica Maranhão – voz.
Formado em 1995, o trio vocal interpreta a Música
Popular Brasileira de maneira particular, com arranjos
bem elaborados e técnica vocal apurada. Desde então, o
grupo vem se apresentando nos mais diversificados
espaços, com um repertório variado que passeia por
ritmos e compositores que representam de forma genial
nossa cultura musical, como Noel Rosa, Caetano Veloso,
Baden Powell e Chico Buarque. Compositores goianos
como Fernando Perillo, Marcelo Barra, David Izacc e
Cláudio Vespar, entre outros, também enriquecem o
repertório desse trio. Além do próprio CD, o grupo
participou de gravações de artistas goianos como
Gilberto Correia, Grupo Evoeh, I Fest Pop, além de duas
faixas no CD Cantorias de Natal, produzido por Yara
Moreira em 1998. tem participado como grupo convidado
de vários eventos da Universidade Federal de Goiás
como por exemplo recitais na EMAC (Escola de Música e
Artes Cênicas, nos anos 2001, 2002 , 2003, 2005 e
2006). em 2008 o Fé Menina foi contemplado na edição
especial do Projeto Pixinguinha – Prêmio Produção, no
qual gravaram e lançaram o CD Amélia com o
financiamento da FUNARTE.
O Fé Menina foi indicado ao Prêmio Caras de MPB, nas
categorias Grupo Revelação e Melhor Disco. Durante o
primeiro semestre de 2009 o Fé Menina esteve em turnê
de lançamento de seu segundo CD realizado pelo Projeto
Pixinguinha/ FUNARTE. Atualmente se prepara para a
gravação de seu terceiro CD, patrocinado pela Lei
Municipal de Incentivo à Cultura.


PROGRAMA

Milton Nascimento e Fernando Brant
Notícias do Brasil

João Donato e Caetano Veloso
A Rã

Fernando Perillo, Chaul e Bororó
Partilha

Joel Marques
Não aprendi dizer adeus

Edu Lobo e Torquato Neto
Pra dizer adeus

David Izacc
Clara e Maria

Luiz Junqueira e Rinaldo Barra
No bolso do paletó

Noel Rosa e Vadico
Conversa de botequim

Ataulpho Alves e Mário Lago
Ai, que saudades da Amélia

Adoniran Barbosa e Alocin
Samba do Arnesto

Rita Lee e Luiz Sérgio
Agora só falta você


Grupo Fé Menina:
Fabiana Tavares, voz , Gilka Martins, voz e arranjos vocais
Mônica Maranhão , voz
Participação Especial:
Dimar Viana, violão e Edilson Moraes, percussão





terça-feira, 15 de setembro de 2009

A HISTÓRIA DA FLAUTA DOCE

A HISTÓRIA DA FLAUTA DOCE

(texto original de Nicholas S. Lander)Tradução:Prof. Romero Damião


A flauta doce é o membro mais desenvolvido da antiga família das flautas de tubo interno, flautas com uma janela (windway) fixa formada por uma peça de madeira chamada de bloco. É distinta de outra flauta de tubo interno com buracos para sete dedos e o buraco para o dedo polegar que também serve como abertura de oitava. Talvez a ilustração mais antiga e incomparável seja a de uma flauta doce que está no “The Mocking of Jesus” (posterior a 1315), um afresco da Igreja de Staro Nagoricvino, perto de Kumanova na (Yugoslavia) Macedônia, pintada pela casa de pintores Michael e Eutychios no qual um músico toca uma flauta de tubo cilíndrico, com o window/labium claramente visível, e ao pé da qual há um buraco aberto para o dedo mindinho.
3 The Mocking of Jesus
Antes disso, há várias ilustrações de tubos parecidos que pode (ou não) ser flautas-tubo que podem (ou não) ser flautas doce. Entre as mais antigas está a ilustração da Dança de Salomé (cerca de 1020), também conhecida como a Coluna de Bernward, um elenco de bronze da Catedral de Hildesheim (Alemanha) na qual Salomé dança ao acompanhamento de um estreito tubo cilíndrico que tem quatro buracos visíveis, os mais baixos ligeiramente deslocados. Este instrumento é segurado com as duas mãos e na parte de cima há um entalhe (window). O bocal é de bico moldado, e o tocador (um homem) não tem a característica de bochechas sopradas dos tocadores de shawm. Há vários outros exemplos do século XI, inclusive uma escultura do décimo primeiro século que descreve os músicos em um pilar de pedra na igreja Boubon-l'Achambault, St George, França (repr. Thomson 1974, quadro 1) que mostra um tubo parecido que pode ser uma flauta-tubo (flageolet ou flauta doce), acompanhada por rabeca e harpa.
Pilar da Igreja Boubon-l'Achambault, St George, França.
O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o transcurso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora).
A Flauta Doce de Dordrecht
A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. Esta assim denominada “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen e foi descrita por Hakelberg (1995), Homo-Lechner (1996) e Reiners (1997). É feita em duas partes e tem aberturas para sete dedos e o buraco do polegar (thumbhole), os buracos mais baixos são dobrados. Tem 256 mm de extensão e também é feita de madeira de frutas (uma espécie de Prunus). Seu bico está estragado, o que provavelmente explica por que estava descartada. Há morsas na peça entre o primeiro e segundo buracos, e entre o segundo e terceiro, como também uma marca acentuada atrás do sétimo buraco. A peça se expande a 14.5 mm ao fim do instrumento e tem um pé bulboso distinto.
A Flauta Doce de Göttingen
Reconstruções de flautas doce medievais produzem um tom que é doce e agudo. Em geral, elas têm uma escala que diminui tanto quanto o instrumento aumenta de tamanho, percorrendo de um 1/12 de escala para um sopranino a um nono de escala para um contralto. Alguns fabricantes conseguiram estender a escala das flautas doce de corpo cilíndrico para duas ou mais oitavas. Tais flautas doce soam melhor com outros instrumentos suaves do décimo terceiro ao décimo quinto séculos, tais como o psaltery, a rabeca, a viela, o alaúde e também a voz.
Durante o século XV fabricantes de instrumento começaram a produzir conjuntos de flautas doce e outros instrumentos em diferentes tamanhos. A flauta doce desenvolvida neste período foi a "flauta doce da renascença" que alcançou seu apogeu em meados do século XVI. Flautas doce da renascença foram conhecidas por um grande número de exemplos sobreviventes. Seus corpos eram cônicos, se afilando suavemente para o pé. Estas flautas doce têm uma escala limitada para uma oitava e um sexto, com timbre rico e de qualidade em nível dinâmico ao longo da escala. Elas eram fabricadas idealmente para um desempenho da música vocal e instrumental polifônica do décimo quinto a início do décimo sétimo séculos, misturando prontamente e em equilíbrio entre si com conjuntos inteiros ou contrastando em condições iguais com outros instrumentos renascentistas ou vozes.
As Flautas Doce da Renascença
Sopranino Denner
Soprano Terton
Durante o século XVII a flauta doce foi completamente redesenhada para uso como instrumento solo. Antes feita em uma ou duas partes, era agora feita em três o que permitiu fazê-la com uma forma mais acurada. Foi feita uma furação mais precisa que feita anteriormente e tinha assim uma escala cromática precisa de duas oitavas e finalmente se alcançava as duas oitavas e um quinto. Era feita para produzir sons com boa intensidade, ter um tom cheio e penetrante, e grande poder de expressividade. Muitos esplêndidos exemplos originais de tais instrumentos sobrevivem hoje em condições de uso. Estas flautas doce barrocas são feitas admiravelmente para o desempenho da música de câmara e concerto. Nesta forma a flauta doce sobreviveu até mais tarde como um instrumento profissional no século XVIII e como um instrumento amador de algum modo no século XIX até que foi temporariamente eclipsada pela flauta transversal.
A Flauta Doce Barroca
Rampe e Zapf (1998), afinal, solucionaram o problema da Fiauti d'echo de Bach no Concerto de Brandenburg número 4. Parece que a flauta de eco era um par de flautas doce em f' unidas em uma armação pela cabeça e pelo pé, cada uma com corpo diferente e expressando assim características tonais diferentes. Um exemplar de Heytz sobrevive ainda hoje em Leipzig.
A flauta doce conquistou o seu espaço no Novo Mundo a partir de uma data relativamente cedo e muitos dos primeiros colonos da América do Norte estavam familiarizados com ela. Capitão Smith notificou no seu Mapa da Virgínia que os índios usavam "uma cana para as suas músicas" e “que eles transportam como uma flauta doce”. A presença física de flautas doce na América do Norte foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New Hampshire listou 15 flautas doce, e um inventário semelhante feito em outra propriedade de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983; Pichierri 1960: 14). A primeira banda conhecida a emergir na América foi fundada em New Hampshire em 1653 e consistiu em pelo menos dois tambores, 15 oboés e "flautas doce" (Bevan. 1984: 123). Escrevendo de New Hampshire 300 anos depois, Brewster (1859-1873) fez as seguintes anotações: "Para música, há dois tambores durante os dias de treinamento, enquanto não menos de quinze hautboys e flautas doce são usadas para alegrar os imigrantes nas suas solidões. . ." A flauta doce encontrou uso como um instrumento de marcha na guerra civil americana (Waitzman 1967: 224). "Flautas", flageolets, "flautas comuns" e "flautas inglesas" são por varias vezes mencionadas no início do século XVIII em anúncios de jornais americanos. Nestas referências de "flauta" é bastante provável estar incluída a flauta doce; "flauta comum" e "flauta inglesa" poderiam indicar a flauta doce, entretanto a posterior pelo menos poderia se referir ao denominado flageolet inglês, popular no século XIX (veja Higbee 1960). Os mais recentes de tais anúncios apareceram em 1815, mais de 200 anos depois da menção da flauta doce do Capitão Smith (Música 1983).
A flauta doce foi pela primeira vez introduzida no Japão no século XVI através de contatos com europeus (Tada 1982). Em 1549, Francisco Xavier veio a Kagoshima para introduzir o Cristianismo, e durante anos, muitos Jesuítas o seguiram trazendo com eles instrumentos europeus inclusive flautas doce. Porém, a flauta não era muito popular no Japão. Em 1639, o shogunato Tokugawa suprimiu o Cristianismo e fechou o Japão para todos os países estrangeiros exceto a Holanda. O shogonato destruiu e queimou tudo o que era ligado ao Cristianismo, à música da Europa e os instrumentos musicais sem nenhuma exceção. Até a revogação da lei de isolamento nacional em 1873 pela Restauração de Meiji, não estavam permitidos o Cristianismo, sua música auxiliar e seus os instrumentos. A flauta doce não foi re-introduzida até 1929 quando um japonês graduado na Universidade de Cambridge trouxe algumas flautas doce para casa, e em 1930 o governo alemão enviar alguns flautas doce e música como presentes para dois professores japoneses.
Logo após a segunda guerra mundial, um residente americano no Japão (um virtuoso no shakuhachi) provou num ímpeto a flauta doce. Em 1948 foi adotado pelo Ministério da Educação um novo currículo de música escolar levando os fabricantes à produção de instrumentos de plástico. Inicialmente as flautas doce feitas no Japão empregavam a chamada digitação alemã, mas, depois a mudança foi feita para a digitação inglesa. Em 1961, a primeira apresentação usando só tocadores japoneses foi feita com a execução do Concerto Brandenburg número 4 de Bach. Subseqüentes visitas feitas por Hans-Martin Linde (1962), Gustav Scheck (1963), Frans Brüggen (1973), Carl Dolmetsch, Michael Vetter e Hans Maria Kneihs deram ímpeto adicional e crescente interesse pela flauta doce no Japão. Deste tempo, vários estudantes japoneses foram para a Europa estudar com estes e outros professores. Em 1975 quatro de tais estudantes formaram um conjunto de flautas doce e ganharam o primeiro prêmio na competição internacional de flauta doce do Festival de Flanders em Bruges.
Hoje a flauta doce desfruta imensa popularidade no Japão em nível amador e profissional. Há um extenso repertório de música para o instrumento de compositores japoneses (veja Música Japonesa para Flauta Doce), e vários fabricantes de flauta doce tais como: Aulos, Yuzuru Fukushima, Shigeharu Hirao, Kunito Kinoshita, Suzuki, Hiroyuki Takeyama, Toyama (que fabrica: Alouette, Aulos, Canto de Bel, Elite & Robin de plástico), Jun Tsukada, Yamaha, e Zen-On.
As Flautas Doce Suzuki de Plástico
As Flautas Doce Dolmetch de Plástico
Quarteto Yamaha de madeira
Indubitavelmente a flauta doce tem uma história que espera ser descoberta em outros países colonizados por europeus, inclusive a Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul, e os muitos países de América do Sul. Um começo foi feito pelo delicioso e fascinante artigo de Stobart (1996) relativo à introdução da flauta doce no século XVI na Bolívia pela Espanha e sua possível influência no desenvolvimento da nativa pinkillu, uma flauta de tubo de seis furos feita em seis tamanhos diferentes. A pinkillu é tocada amplamente na América do Sul, incluindo a Argentina (Gonzalo Juan, pers. com.). Paul Loeb van Zuilenburg (1999) registrou detalhes da recente história da flauta doce na África do Sul.
O conto seguinte vem de outra nação-estado, ou seja, do Sul da Austrália. Em 1965 duas flautas de voz originais do século XVIII (flautas doce tenor em d) de Bressan foram compradas de um negociante de usados em Adelaide por Mrs Mary McKenzie que se informou com Edgar Hunt o quanto elas valeriam. Elas foram vendidas ao colecionador e negociante americano Wesley Oler de quem logo foram adquiridas por Frans Brüggen. Um pequeno conserto foi feito por von Huene no bico de um dos instrumentos. Até que eu ouvisse falar delas em 1974 o seu rastro tinha desaparecido realmente; Hunt (pers. comm.), por exemplo, tinha destruído a correspondência relativo a elas. O ponto é que nada foi esclarecido de quem as trouxe para a Austrália e para que, ou com que intenção elas poderiam ter sido usadas. Felizmente, algo foi salvado deste pedaço arrependido de vandalismo cultural nas fotografias e desenhos detalhados dos instrumentos que foram publicados por Morgan (1981).
Foi discutido convincentemente que a flauta doce na verdade tem uma existência contínua do XVII ao XIX séculos (Reyne 1985, 1987). Nós já vimos como nos E.U.A. a flauta doce foi jogada bem no meio do século XIX no estado de New Hampshire. Na Europa, três gerações da família de Walch de Berchtesdaden, Alemanha, fabricaram flautas doce, nominalmente Lorenz Walch (meados do décimo oitavo século), Lorenz Walch II (fl. 1809-1862) e Paul Walch (1862-1873). Instrumentos existentes de todos eles foram catalogados por Young (1993: 249-251). Na Inglaterra, Goulding & Cia. (1786-1834) fabricou flautas doce, como fez John Townsend (1816-1869) em Manchester (Blanchfield 1990). Corcoran (1965) anotou que um Thomas Davies, de Halkwin, Flintshire, Inglaterra que nasceu em 1830 possuía uma flauta doce de Steenbergen do século XVIII com a qual tocou desde sua juventude até o fim de sua vida. O seu neto se lembra dele tocando em 1914. Hunt (1977) anota a existência na coleção da Senhora G. de Thibault Chambure de uma cópia de uma velha flauta doce tenor com a inscrição “P.R. Recordação de Couture, 1875”, e “J.B. Martin ao amigo Paul Roche”. A nota de Hunt que um instrumento isolado não constitui uma revificação parece completamente perdida.
Realmente, o músico amador do século XIX poderia tocar decididamente música romântica em tipos diferentes de flauta de tubo, dependendo de onde ele era. Em Paris tinha o flageolet, o galoubet, ou até mesmo a flauta harmônica. Em Londres o flageolet solo, em dupla ou até mesmo tripla. Em Viena o flageolet de Wiener, csakan ou flûte douce. A última simplesmente era uma flauta doce, como essas feitas pela família de Walsh. Realmente, um catálogo ilustrado da firma Markneukirchen de Kämpffe de 1835 inclui uma flauta doce de estilo barroco e um esfregão de limpeza (repr. Betz 1992: 38). Das outras, só o csakan é de interesse nosso aqui, pois, era feito com uma abertura de oitava (thumbhole) e buracos para sete dedos; o restante não tinha um thumbhole e, como a flauta, buracos para só seis dedos.
O csakan, com efeito, uma flauta doce com chaves, primeiro apareceu em 1807 ao redor de Viena e provavelmente era uma invenção de Anton Heberle. Inicialmente o instrumento foi equipado com uma chave d # (como na flauta transversal antiga) e tinha uma escala de 2 oitavas e um quinto que correspondem à notação c'-g '' ' mas soando ab'-eb '''' o que quer dizer que o csakan foi considerado um instrumento transpondo em ab. Nos anos 1820, fabricantes de instrumento proveram a csakan moldada com outra madeira como a do oboé e clarinete. Assim no csakan brotaram chaves adicionais para g #, f, f #, bb, uma chave de trinado b/c, um baixo c #... Algumas csakans tiveram até dez chaves e uma escala que se estende a um g' adicional soando graças a uma chave. Vários fabricantes fizeram csakans e flûtes douces, entre eles Hell, Kämpffe, Nielson e Zimmermann. Tutoriais para o instrumento foram publicados por Koehler, Koch, Krähmer e Barth, entre outros.
Os csakan continuaram sendo tocados até por volta do século XX, como comprovado pelo instrumento de Koehler (1880) e Barth (1910) que pelo tempo tinha se tornado um instrumento em C, com ou sem chaves. Um catálogo de 1899 de um fabricante de instrumento de Leipzig, Julius Heinrich Zimmermann anuncia csakans sem chaves, com uma chave e com seis chaves (repr. Reyne 1987: 5; Betz 1992: 48, fig. 26). Um catálogo de Zimmerman de 1905 (repr. Betz 1992: 92, fig. 34) listas um conjunto inteiro de Blockflöten SATB em uma variedade de afinações como segue: soprano (C ou D), contralto (G, F, E ou D), tenor (C ou A), Baixo (G, F, E, D ou C). Assim a tradição de fabricar flautas doce existiu por muito tempo antes do renascimento comumente suposto deste instrumento no século XX, como um velho instrumento para a música antiga.
Da virada do século até os anos trinta, o csakan era associado na Alemanha com o Schulflöte e o Wienerflageolett, correspondendo a um instrumento em D com só 6 buracos para digitação e com um máximo de 6 chaves. Este Schulcsakan alemão deu caminho eventualmente a re-descoberta da flauta doce soprano (Reyne 1987).
A revificação da flauta doce aconteceu no fim do século XIX, quando foram reunidas coleções de instrumentos musicais antigos de grandes museu e o pelo interesse crescente em música pré-clássica, ajudando a produzir um clima no qual a flauta doce pôde florescer novamente. Em 1885 um grupo do Conservatório de Bruxelas tocou uma Sinfonia Pastorale do Eurydice de Jacopo Peri executado com flauti dolci na Exposição Internacional de Inventos nas galerias do Albert Hall em Kensington do Sul, Londres, junto a uma exposição de instrumentos musicais, alguns trazidos por Victor-Charles Mahillon do Conservatório de Bruxelas (Times 1885 Musical). Na Inglaterra durante os anos 1890 e início de 1900, as pesquisas e conferências de Cânon Francis Galpin, Dr Joseph Cox Bridge e Christopher Welch chamaram a atenção adicional para a flauta doce em círculos musicais, entretanto, nada era conhecido sobre sua técnica ou repertório.
Foi dito com freqüência (erradamente) que a primeira flauta doce moderna foi feita em 1919 por Arnold Dolmetsch (1858-1940) baseada em um original de século XVIII de sua posse. Na luz do prévio parágrafo talvez seja pertinente dizer que Dolmetsch recebeu o seu treinamento musical no Conservatório de Bruxelas quando entrou pela primeira vez em contato com músicos que tocavam instrumentos musicais antigos da coleção do conservatório. Em 1883, ele mudou-se com a família para Londres, para entrar na Faculdade de Música Real recentemente aberta, onde pode avançar no interesse pela música antiga. De forma interessante, a flauta doce de Bressan original comprada por Dolmetsch em 1905 (agora no Museu de Horniman, Londres) parece ter sido modificada severamente por ele (Prados 1994). Seu bloco e bocal de marfim não são originais, e o windway estreito e curvado das flautas doce de Bressan que produzem suas características, (o som cheio está ausente), foi substituído por um largo windway reto, assim adotado por Dolmetsch para flautas doce que emanam de sua própria oficina. Inicialmente, Dolmetsch e seus sócios fizeram cópias para a sua família e outras pessoas do seu círculo de tocadores flautas doce, deste modelo um tanto quanto moderno, oferecendo subseqüentemente instrumentos semelhantes feitos à mão, para o grande público. Logo aparecerão compradores para seus instrumentos incluindo Judith Masefield (a filha do poeta John Masefield), o caricaturista Edmund X. Kapp, e Senhor Bernard Darwin (o filho de Charles Darwin) e George Bernard Shaw (Kelly 1990). A flauta doce figurou no primeiro Festival de Haslemere em 1925 (Hunt 1977). No segundo Festival de Haslemere em 1926, Dolmetsch apresentou um conjunto de soprano, contralto, tenor e baixo, com desenho moderno (Cambell 1975), entretanto tais conjuntos poderiam ter sido comprados em 1905 de Zimmermann em Viena.
Uma cópia do fabricante de Munique, Gottlieb Gerlach (1909) de um contralto original do século XVIII de J.C. Denner, veio iluminar finalmente o caminho de Dolmetsch (Kirnbauer 1992), adiantando-o em dez anos. O instrumento feito por Gerlach era para uso da surpreendente Banda de Artistas de Bogenhausen (Bogenhausen Künstlerkapelle) que executava arranjos de Handel, Scarlatti, Gluck, Mozart e outros em flautas doce (por J.C. Denner, Jacob Denner, Bressan, Schuechbaur, Walch, Oberlender, Schell, e Anon.), e outros instrumentos originais de 1890, até quando foi desfeita em 1939 (Moeck 1982). Teve inclusive um aparecimento em Londres em 1900. É concebível que Arnold Dolmetsch assistiu as últimas apresentações da Banda.
Os Bogenhausers se tornaram parte estabelecida da cena musical em Munique, tocando para recepções cívicas, festivais (inclusive o Munich Bach Festival de 1925) e difundindo suas músicas em rádio. Os arranjos tocados pelos Bogenhausers sobrevivem em manuscrito e incluem algumas músicas realmente muito exigentes (a parte de contralto em alguns exemplos envolvem passagens rápidas na terceira oitava), (Nikolaj Tarasov, pers. comm., 2000).
Independentemente dos Dolmetsches ou dos Bogenhausers, Willibald Gurlitt (1889-1963) começou a usar flautas doce no seu Collegium Musicum em 1921 em Freiburg para o qual ele tinha copias feitas por Walcker & Cia dos originais do renascimento de Kynseker . O musicólogo Werner Danckerts (1900-1970) também teve cópias feitas dos instrumentos de Kynseker através do fabricante Nuremberg Georg Graessel em 1921. O flautista Gustav Scheck (1901-1984), um sócio de Gurlitt, começou tocando flautas doce originais em 1924, estabelecendo um alto padrão artístico que foi continuado pelos seus alunos (Conrad, Delius, Fehr, Linde, etc).
Peter Harlan (1898-1966) começou o que agora é chamado de “Movimento da Flauta Doce Alemão”, ajudado pelo espírito avançado do “Movimento da Juventude Alemã”. O meio escolhido por Peter Harlan foi um instrumento do povo, descomplicado e satisfatório para avançar na causa da sociedade pela eufórica experiência do que mais tarde foi chamado de Desenvolvimento Musical, "Mussiche Bildung". Rejeitando a precisão histórica e o treinamento musical profissional, ele apoiou desde o início a flauta doce renascentista, mas, livremente se expressou para favorecer as suas próprias fantasias como um fabricante de instrumento. Nas suas próprias palavras Harlan quis um instrumento "cujo som não pode ser aumentado, não importa com que arte seja feito; de cuja essência não pode ser alterada por qualquer virtuosismo". Ao contrário da convicção popular, Harlan nunca fez suas flautas doce (Moeck 1982).
Depois da visita de Dolmetsch no Primeiro Festival de Haslemere em 1925, ele tinha um instrumento feito por Kurt Jacob e continuou desenvolvendo o desenho ao longo das diretrizes indicadas por Harlan. A primeira flauta doce de Harlan disponível, um contralto em e', foi oferecida à venda em 1926. No ano seguinte um quarteto de instrumentos foi oferecido em E e A com digitação alemã e uma escala de uma e meia oitavas. Estes instrumentos tinham corpos largos e grandes, mas, faltavam modelos históricos exatos. O crescimento dramático da indústria de instrumentos musicais Vogtland começada por Peter Harlan (1898-1966) para abastecer o denominado “Movimento de Flauta Doce Alemão (inspirado pelo “Movimento da Juventude Alemã”) e seu associado programa Desenvolvimento Musical, "Musiche Bildung" resultaram em uma proliferação de fábricas produzindo flautas doce para as categorias mais simples. Entre estas fábricas estão: Adler, Gofferje, Heinrich, Herrnsdorf, Herwig, Moeck, Nagel e Mollenhauer (que também fez flautas doce marca Bärenreiter).
No E.U.A. não havia nada em comparação com o “Movimento da Juventude Alemã”, reluzindo de interesses em música folclórica e instrumentos antigos. A turnê do concerto anual de Carl Dolmetsch (começado em 1936), com apresentações de conjuntos como a “Trapp Family Singers”, e o trabalho de artesãos como David Dushkin, William Koch e Friedrich von Huene, lideraram o trabalho de base para um movimento de flauta doce popular. Vale notar que entre os primeiros presidentes da “Sociedade de Flauta Doce Americana” (fundada em 1939) estava Erich Katz, assistente anterior de Wilibald Gurlitt em Freiburg (Haskell 1996).
Theodor Adorno (1956) foi o incentivador do “Movimento de Flauta Doce Alemão” declarando " A pessoa só tem que ouvir o som do flauta doce- ao mesmo tempo insípido e infantil-e então o som da flauta verdadeira. A flauta doce é a morte mais assustadora da revivida e continuamente agonizante, Pan". Agora, embora seja fácil para nós hoje condenar ou ridicularizar os esforços de Harlan (e até mesmo os dos Dolmetsches e seus círculos) eles devem ser vistos no contexto social do seu próprio tempo.
É de nota que naquela ocasião, Ravizé tentou introduzir em escolas de Paris o pipeau, um flageolet de metal ou plástico de seis furos, como fez Van de Velde em Tours.
Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Grã Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”, fundado por Margaret James em 1932 (com o seu presidente nenhum outro que não Vaughan Williams), foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França (1884-1962, uma expatriada australiana e dona das Edições Lira de L'Oiseaux), onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para este meio. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”, também teve o patrocínio de John Manifold, outro australiano (Hall 1978). Realmente, o “Grêmio de Flautistas da Grã Bretanha” ainda é ativo. Há exemplos semelhantes de patrocinadores achados na história de orquestras de cordas dedilhadas (bandolim e violão), orquestras de acordeão e movimentos de bandas de metais, pelo mundo afora.
Em 1934 Edgar Hunt afiançou com exclusividade uma agência da firma alemã Herwig para a fabricação de flautas na Inglaterra que foi logo comprada por Maynard Rushworth de Liverpool, (Kenworthy 1963, Cace 1977). A fábrica Herwig fez flautas doce com digitação inglesa para o mercado do Reino Unido, como também estava oferecendo uma linha mais barata com a marca Hamlin, trazendo assim a flauta doce para o alcance do público em geral. As primeiras flautas doce de plástico (acetato celuloso) foram feitas na Inglaterra no início da Segunda Guerra Mundial por Schott & Co (Hunt 1977), e enviadas a prisioneiros de guerra alemão, particularmente aqueles da RAF, para ajudar nos anos de cativeiro enquanto esperavam (Loretto 1995). Dolmetsch não começou a produção de flautas doce de plástico (ie baquelita) até 1947. Rosa, Morris & Cia. (Londres) também era comerciante das 'Dulcet' (flautas doce de plástico) antes de 1948 e pode tê-las fabricado bem antes.
Poderia ser dito que a revivificação da flauta doce no início deste século, sua popularização pelos amadores entre as guerras, e sua produção em massa subseqüente na Inglaterra e Alemanha para uso nas escolas, foi livremente baseada no estilo de flauta doce barroca e no modelo renascentista. Porém, em realidade, nenhum modelo histórico particular foi seguido de perto por qualquer campanha.
Hoje em dia, os desenhistas das fábricas de instrumentos para amadores e para uso em escolas, continuam produzindo flautas doce que têm um som um pouco mais suave que as flautas originais do século XVIII nas quais elas são baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem essencialmente instrumentos para solo e não são adequadas para serem tocadas em conjuntos. Como nós veremos, tais instrumentos demandam realmente uma técnica muito sofisticada quando tom e afinação devem ser aceitáveis para qualquer ouvinte. Tocadas por crianças ou adulto amadores elas geralmente soam severas e discordantes. O estilo da flauta doce mais apropriado para uso por crianças e amadores seguramente são os instrumentos do renascimento, especificamente projetados para se juntar entre si. Embora reconstruções de tais flautas doce estejam disponíveis (veja abaixo), o custo delas as tira do alcance da maioria, com exceção de alguns tocadores privilegiados.
Houve várias tentativas para re-projetar a flauta doce e estender sua capacidade de uso em um contexto contemporâneo. Porém, virtuosos têm, na sua maioria, preferido instrumentos projetados após os modelos históricos (ie pré-clássico).
No início do século XX inovações incluíram uma chave na flauta doce convencional para fechar o sino (pé da flauta onde ficam os últimos buracos) e facilitar a produção de certas notas altas (veja Digitação da Flauta Doce). Uma chave de sino provavelmente foi feita pela primeira vez em 1953 por John W.F. Juritz, professor de física e fagotista em Cape Town (Waitzman 1968) cuja invenção não foi patenteada (Thomas 1987). Uma chave de sino projetada por Carl Dolmetsch em 1957, a primeira usada por ele publicamente em 1958, envolvia e tampava o sino, abria-se e deixava um novo buraco ao lado do pé que estava sendo coberto, era operada por uma chave pelo dedo mindinho da mão direita. Esta chave montada ao lado efoi o assunto da Patente britânica #852165, de 8 de junho 1959, baseada em uma aplicação de 1958 (Madwick & Loretto 1996, Thomas 1998). Entretanto o texto da aplicação da patente também menciona a estratégia alternativa de fechar ou fechar parcialmente o sino que se abre (Loretto 1999). Uma invenção de menor sucesso de Carl Dolmetsch foi uma semelhante à chave fechada montada ao lado do sino e operada pelo dedo mindinho da mão esquerda que tornou possível um f #'' '. A patente foi concedida posteriormente também no dia 8 de junho 1959 (Thomas 1998). Depois uma chave que foi projetada por Dolmetsch cobria o sino, abrindo-se por se mesma e que poderia ser operada pelo dedo mindinho da mão direita ou, mais usualmente, pelo mindinho da mão esquerda. Em 1958 Edgar Hunt construiu uma chave de sino experimental longa, operada pelo dedo mindinho da mão esquerda, como a chave longa do F do século XVIII e do oboé moderno (Hunt, 1961, Waitzman 1968). O dedo mindinho da mão esquerda comprimia uma alavanca para puxar um arame que passado através da junta do pé do sino puxava uma chave contra o buraco. Também em 1958, William Koch de Haverhill, New Hamphsire, E.U.A., estava usando uma chave de sino para obter notas adicionais na sua flauta doce baixo (Waitzman 1968, 1969).
Em 1930 Carl Dolmetsch também introduziu o eco ou tecla de piano operada pelo queixo ou pelo dedo mindinho da mão esquerda, que abria um pequeno buraco no bloco da flauta doce por meio de um plunger e elevava a afinação do instrumento a um semitom, tornando possível tocar com suavidade e com diminuta pressão do sopro, assim como, facilitando o tocar cromático. Este método foi posteriormente abandonado em favor de um pequeno buraco adicional na parede lateral por trás da cabeça da flauta e oposto a abertura da janela. A modificação posterior também foi patenteada em 1958 (Patente britânica #852135), entretanto ela deriva da chave de eco de alguns flageolets do século XVIII. Mais recentemente, Carmichael (1999) modificou o mecanismo do último dispositivo para ser ativado por um plunger operado pelo lábio mais baixo do tocador, para dar controle de volume e vibrato.
Carl Dolmetsch também inventou o denominado “projetor de som” (Patente britânica #666602), um anexo moldado em roda de madeira que colocado junto da janela da flauta doce, servia para captar o som e projeta-lo adiante com intenção de dar para a flauta mais volume. O primeiro projetor de som, usado publicamente por Carl Dolmetsch em 1949, foi substituído depois por um modelo de plástico em dois tamanhos (um para sopranino e soprano, o outro para contralto e tenor). Todas as anteriores licenças de inovações deixaram a flauta doce essencialmente inalterada e ainda pode ser tocada como qualquer outra flauta doce até o tocador ter boa razão para fazer uso dos projetores (veja Dolmetsch 1960; Dolmetsch 1996; Madgwick & Loretto 1997).
Outra inovação de Dolmetsch foi a “flauta doce muda”, que consistia de uma dobra estreita de papel enganchada em cima do lábio da flauta. Foi primeiramente descrita por Carl Dolmetsch na parte 3 do “Livro da Flauta doce Escolar” (Dolmetsch, não datado).
Tsukamoto (1975), construiu flautas doce com chaves de sinos montadas ao lado e que tinham um pé alongado, elas obviamente fechavam o sino e abriam-se só. Uma flauta doce patrocinada pelo tocador americano Daniel Waitzman (1978) foi substancialmente re-projetada com uma chave de sino montada no pé e com um sistema de digitação dramaticamente diferente e sem sucesso.
O piano ou chave de sussurro foi aplicada na flauta doce tenor harmônica descrita abaixo.
Um exemplo da chamada “flauta doce de Klingson” com seis chaves feitas por “Hammerschmidt de Schönbach” pode ser vista na Coleção de Instrumentos Musicais de Bate. Nikolaj Tarasov (pers. comm, 2000) relata um contralto de sua posse com sete chaves. As flautas de Klingson foram feitas em SATB (Stela & Peñalver 1997: 20).
Tarasov comenta que as flautas de Klingson foram feitas por Karl Hammerschmidt & Filhos em Burgau, Alemanha. Estas flautas foram inventadas por um músico (? Schönbach) que queira executar o Concerto de Brandenburg de Bach sem os problemas habituais. Esta invenção funcionou, e um exclusivo e pequeno grupo regional aprendeu a tocar as flautas de Klingson. Uma inovação interessante é que a abertura do dedo polegar tem um tipo de chaminé de metal que se projeta de dentro do corpo da flauta de forma que umidade nunca escorre no dedo polegar. O projeto da flauta Klingson foi abandonado por Hammerschmidt, provavelmente devido à resistência para o novo sistema de digitação empregado.
A Chromette ou OrKon, inventada em 1943 (EUA patente #2330379) por Edward Verne Powell (1903-1986, filho de V.Q. Powell famoso fabricante de flauta de Nova Iorque), era essencialmente uma flauta doce soprano modificada moldada em plástico provida com reforço de anéis de metal e com simplificado sistema de chaves Boehm. Suas notas mais baixas poderiam ser tocadas ruidosamente como também suavemente com pequena mudança e a escala cromática foi muito facilitada pelas chaves. Embora fosse pretendida sua produção em massa para uso nas escolas como um instrumento preparatório para potenciais tocadores de flauta, a aventura falhou (Huene 1994).
No fim da sua vida, o compositor Australiano/Americano Percy Grainger se interessou por instrumentos musicais elétricos e mecânicos projetados para uso no contexto da denominada “musica livre”. Várias “máquinas de música livre” capazes de tocar sons contínuos foram desenvolvidas com um colaborador dos EUA, Burnett Cross, e incluiu ambos instrumentos eletrônico e de sopro. Uma máquina de 1950 sobrevive no Museu de Grainger, Melbourne na qual um apito estilizado de cabeça de cisne e duas flautas doce são operadas por um rolo de papel perfurado com buracos e rachas cortadas à mão (Davis1984).
Em 1958 Louis Stein (oboista principal da Ópera de Paris) exibiu a sua flüte d'amour na Exposição de Bruxelas, um instrumento com as proporções da flauta doce tenor, mas provida do mecanismo fundamental de um oboé moderno. A flüte d'amour foi feita em três modelos com chaves redondas para oboistas, com chaves côncavas para flautistas e com chaves de anel e um arranjo simplificado para amadores (Hunt 1977).
No início dos anos 1970, Gyula Foky-Gruber em Viena desenvolveu o “Silberton”, uma flauta doce soprano feita de metal completamente banhada de níquel-bronze, e um contralto feito de pau-rosa com uma junta de metal na cabeça e duas chaves para o buraco de dedo mínimo. Ambas se caracterizavam por um sistema de expressão ajustável pela alteração da posição do bloco e a altura do windway. Ambas eram de corpo cilíndrico. Depois a firma alemã Hopf produziu os “Silberton” instrumentos que eles agora oferecem como flautas com “Sistema Gruber” produzidas por Kobliczek nos modelos sopranino, soprano, e contralto. Hoje, Gruber está fabricando novamente estas flautas e assinando como flautas feitas à mão em pequena série, e também em prata pura.
Uma patente para uma flauta totalmente chaveada foi tirada em 1988 pelo saxofonista Arnfred Strathmann, de Memsdorf. A flauta de Strathmann era caracterizada pelas elaboradas chaves e a digitação de um saxofone. Com a ajuda da companhia Klein Kiel, uma série de flautas de Strathmann foi desenvolvida com muitas características modernas. O corpo é feito de madeira ou plástico durável, a altura do bloco é ajustável com um parafuso simples, e o buraco do polegar é substituído por uma chave que abre dois pequenos buracos no alto da cabeça e através dela se eleva de um registro baixo para uma oitava acima. O volume de som para todas as notas é mais forte que em flautas convencionais, e o timbre está entre o de uma flauta doce e uma flauta transversal. Foram feitas flautas de Strathmann modelos soprano e contralto (Huene 1994). Agora que a companhia Klein faliu, Strathmann continua fazendo estes instrumentos sozinho, em pequenas quantidades.
A Flauta Doce de Strathmann
A firma Mollenhauer recentemente incorporou uma flauta doce contralto projetada com um novo bloco ajustável (ie um windway inclinado) patenteado separadamente por Strathmann em 1994 (Patente européia #0431344).
Mais recentemente, Strathmann patenteou (1996) um dispositivo no bloco, operado pelo lábio mais baixo que altera a afinação da flauta doce por até 5 centavos de tom. O dispositivo está baseado no princípio da chave de semitom universal que já era usada em flautas doce nos anos trinta (Moeck 1997).
O tocador e fabricante inglês de flauta doce, Robin Read (1966), levou a cabo várias experiências no início dos anos 1960 resultando em um conjunto de windway (canais de vento) em cedro colocados no lugar por uma tomada convencional, sendo o windway construído como uma unidade separada. Vantagens desta inovação incluem controle mais preciso das dimensões do windway e melhor resistência a condensação (é de duas vezes a superfície normal do cedro). Com este novo desenho o windway foi anexado com uma lingüeta separada que foi ajustada antes de fixar no lugar, assim invertendo o procedimento normal do som.
O fabricante Alec Loretto da Nova Zelândia projetou uma cabeça giratória com uma câmara que contém uma seleção de windways como a câmara de um revolver de seis tiros. O mesmo fabricante construiu flautas doce com uma abertura grande em vez de um windway na qual windways pré-fabricados eram fixados. Todos tinham dimensões exteriores idênticos, mas cada um continha seu próprio windway (canal de vento) aperfeiçoado para a afinação das notas tocadas (Madgwick & Loretto 1996: 41-42; Madgwick & Loretto 1997: 8). Ele também experimentou um lábio ajustado em um flauta doce contrabaixo em F que permite mudanças feitas através da distância do lábio para o windway, da posição do lábio no soprador e do ângulo (Loretto 1970).
O fabricante italiano Giacomo Andreola oferece flautas doce com um bico especialmente construído (que ele diz ter copiado de uma idéia da flauta doce do fabricante Claude Monin) que permite a pessoa mudar de windway quando for preciso, para variar a expressão do instrumento ou para superar problemas de condensação.
Moeck anunciou recentemente a produção de um flauta doce moderna, projetada pela fabricante holandesa Adriana Breukink, com a intenção de ser comercializada como a flauta doce “Slide”. Este instrumento é semelhante a flauta doce de Ganassi, mas incorcorpora um bocal de deslizamento especialmente projetado para a realização de dinâmica. No desenho de Breukink/Moeck, as dimensões do windway são variadas à vontade por meio de um bloco operado pelo lábio mais baixo do tocador.
A Flauta Doce de Ganassi
Denis Thomas (1999) experimentou um desenho de chave improvisada para flautas doce baixos ajudando e melhorando a sonoridade e entonação no registro baixo e facilitando a habilidade de tocar com as chaves de sustenidos. O resultado foi uma flauta com uma escala maior.
Um estudo de certas flautas doce alemães de antes da guerra com corpos longos e sem historia e com a característica que soprando com força com o pé da flauta fechado ou na segunda nota, produzia um verdadeiro jogo de harmônicos, atraiu à atenção de Nikolai Tarasov (tocador de flauta doce de Stuttgart), e levou o fabricante americano Friedrich von Huene a explorar o uso de uma (keywork) chave de trabalho adicional para fechar os buracos de tom mais distantes na parte baixa do instrumento e fora do alcance do dedo mindinho, estendendo assim para baixo a escala e criando muitas possibilidades novas de digitação para notas mais altas. Um flauta doce tenor feita com estas características tem uma escala de duas oitavas e um sexto de b para g #'', igual a um oboé moderno.
Mais recentemente, Tarasov colaborou com Maarten Helder para construir uma flauta doce com harmônicos afinada de tal modo tornar possível tocar notas baixas muito fortes e estáveis e com uma qualidade de tom que iguala aos seus registros mais altos. Realmente a sua chamada flauta doce “Tenor Harmônica” ostenta três oitavas de b-c''''', com 4 chaves e uma tecla de piano (som baixo) opcional. Ela também implementa um bloco ajustável patenteado por Strathmann, podendo ser ajustado por uma torção da mão, até mesmo durante uma pausa curta, permitindo para o tocador alterar a expressão para máxima qualidade de som ou efeitos especiais.
A Flauta Doce Tenor Harmônica
A flauta contralto Harmônica, um instrumento companheiro para a flauta doce tenor Harmônica, com escala semelhante, mesmas características, e idêntico desempenho está agora disponível. Como seu antecessor este instrumento sem igual e radicalmente novo é um esforço de colaboração entre a flauta doce holandesa do fabricante Maarten Helder e a empresa Conrad Mollenhauer. Uma característica moderna deste instrumento é a inclusão de vários canais de vento (windways) substituíveis. Estes podem ser de materiais ou formas diferentes. E como a flauta doce tenor Harmônica, a flauta contralto Harmônica inclui também um bloco ajustável, e uma chave de trabalho (keywork) sofisticada para os buracos de tom mais baixos.
A flauta Doce Contralto Harmônica
O bloco ajustável
A sofisticada chave de trabalho (keywork)
Os canais substituíveis
Tarasov também colaborou com Joachim Paetzold para criar a flauta contralto moderna Paetzold-Tarasov com uma escala de duas e meia oitavas completamente cromáticas de f' para c'''. Ela foi desenvolvida mais adiante e foi refinada na oficina Mollenhauer. Este instrumento tem uma qualidade de tom completa, ressonante, e uniforme ao longo de sua escala com projeção e resposta excelentes. É ideal para executar música de finais dos séculos XVIII e XIX, e contrasta bem com pianos históricos ou modernos. Pode ser ouvida no CD de Tarasov, “The Modern Alto Recorder”.
A Moderna Flauta Doce Contralto Paetzod-Tarasov
É curioso notar o que revela o trabalho dos fabricantes de flautas doce alemães dos anos 1920 e 1930. Eles serviram de fato como trampolim para o que se pode dizer, o mais significante desenvolvimento da flauta doce na história, desde o século XVII!
Adler-Heinrich começou recentemente a produção de uma gama de Trichterflöten ou flauta doce de sino. Foram desenvolvidas flautas doce de sino durante os últimos 25 anos por Klaus Grunwald, pintor e professor de arte que mora em Cologne, em grande parte para o seu próprio uso. Ele procurou por uma flauta doce sem chaves que se projetasse bem em grandes recintos fechados e as manteve como instrumentos modernos. Trabalhando em grande parte com ferramentas simples como limas, raspas, brocas e ferramentas de ar quente, Grunwald fez uns 80 protótipos que variam do sopranino a grande baixo, de todo tipo concebível, e em vários materiais. As flautas doce de Grunwald eram semelhantes às flautas doce do renascimento, com um longo e largo corpo cilíndrico, um perfil externo simples, e grandes buracos de tom. A diferença crucial era a incorporação de um grande e resplandecente sino exponencial, (de madeira ou metal) semelhante ao de um clarinete. Outra característica era um buraco de dedo (fingerhole) elevado para o dedo mais baixo, acrescentado por razões ergonômicas. Grunwald foi solicitado através de ordens de compra para seus instrumentos únicos, mas, realmente não teve nenhum desejo para os reproduzir para a venda comercial. Eventualmente, um contrato foi assinado o que permitiu Adler-Heinrich produzir instrumentos com desenhos de Grunwald sob sua supervisão.
As Flautas Doce Sino (Bell Recorders)
As novas flautas doce de sino Adler-Heinrich Grunwald são sem igual, não só por causa dos seus sinos grandes, chamejados. Seus windways, corpos, e outras características também diferem radicalmente de desenhos tradicionais. É dito que estes instrumentos produzem um som extremamente cheio e sólido do começo ao fim da escala, e oferece uma larga variedade de digitações alternativas que permitem variações dinâmicas. Uma gama muito mais larga de pressões de respiração pode ser usada que em instrumentos tradicionais, e uma variedade notável de articulações também é possível, enquanto lhes permite competir prosperamente com instrumentos modernos altos como piano, saxofone, ou metais. Atualmente estão disponíveis os modelos soprano e contralto, mas há planos de produzir todos os tamanhos do sopranino a grande baixo em varias madeiras (Verde 1996).
Joachim Paetzold experimentou uma flauta doce de grande perfil quadrado construída com o princípio de um órgão de tubo em madeira compensada que foi patenteada e fartamente desenvolvida por Herbert Paetzold em 1975. O resultado foi uma gama de instrumentos que são significativamente mais baratos de construir que os convencionais. O tom é impressionantemente forte no registro mais baixo e toca mais de duas oitavas facilmente. Joachim Paetzold foi antecedido pelo fabricante de Nova Zelândia Alec Loretto que em 1967 construiu um protótipo de flauta doce baixo com perfil quadrado, vista numa ilustração que foi publicada em 1970 (Madgwick & Loretto 1996: 40; Madgwick & Loretto 1997: 7), entretanto faltaram as características pontas fundamentais do instrumento de Paetzold. Mas talvez flautas doce de perfil quadrado não sejam uma invenção recente: um manuscrito anônimo do século XV (F Lm 391, f. 28) descreve um homem com um chapéu côco que toca uma flauta de tubo que é decididamente quadrada num corte transversal (repr. Boragno 1998: 12)
A Flauta Baixo de Corpo Quadrado de Herbert Paetzold
Fajardo (1970) descreveu o ajustamento de uma flauta doce contralto com um microfone e uma unidade de reverberação, mas esta inovação por muito tempo permaneceu um caso isolado. Mais recentemente, o fabricante francês de flauta doce Philippe Bolton desenvolveu uma flauta doce eletroacústica para música contemporânea, jazz etc. (patente pendente) que pode ser amplificada, ou tocada sem amplificação. Há um buraco no lado e ao topo da junta da cabeça na qual um microfone pode ser atarraxado. Ele pode ser conectado a um sistema de alto falantes, dando para o músico a possibilidade de ter um instrumento mais alto para tocar em condições difíceis, ou em conjunto com instrumentos altos (de jazz, por exemplo), sem ter que ficar alguns centímetros rebitando na frente de um microfone externo. A flauta doce eletroacústica também pode ser conectada a um processador de efeitos, dando uma paleta de sons mais ampla para uso em música contemporânea, ou qualquer outro contexto no qual tal efeito pode ser útil. Para liberdade completa de movimento um sistema sem fios substitui o cabo tradicional que conduz ao amplificador. Quando nenhuma amplificação é requerida uma tomada especial pode ser atarraxada no instrumento em vez do microfone, convertendo-a em um flauta doce normal.
Flauta Doce Eletroacústica de Philippe Bolton
O fabricante de flauta doce japonês Yukio Yamada, fez um dispositivo eletrônico para transportar a flauta doce duas ou três oitavas sobre o tom que você toca (Brüggen em Epstein 1988: 8). Note que esta facilidade está disponível na flauta doce eletroacústica de Bolton ligada a um processador de efeitos ou dispositivo MIDI.
Semelhantemente, o americano Michael Barker que ensina no Conservatório Real em The Hague desenvolveu um sistema unindo uma flauta doce contrabaixo em F Paetzold com dois sintetizadores controlados por computador. Este sistema nos termos de Barker, um Sistema MIDI de desempenho interativo, ou “midified blockflute”, permite misturar sons reais e sintetizados enquanto ele toca.
A única flauta doce puramente eletrônica, como tal é feita através das fábricas Innovations Fm7 ou Suzuki. O MIDIWIND MW-1 da Fm7 é descrito como um modelo de flauta doce especificamente projetado para o mercado do ensino elementar. O controlador é classificado segundo o tamanho para trabalhar bem, tanto com mãos de crianças como de adulto. A unidade é escrava de um módulo de som (chamado “Play Station”) provida de uma saída de sons MIDI embutidos. A Play Station pode aceitar simultaneamente até quatro controladores de MIDIWIND e foi desenhada para uso em laboratório de música de sala de aula. O Suzuki SRW-100 Recorder Wind Controller é um dispositivo eletrônico para uso com instrumentos MIDI. Usa digitação standard de flauta doce, é equipado com buracos de dedo sensíveis à pressão, e requer controle de respiração tradicional.
Outros Instrumentos de Sopro Eletrônicos (EWI) são feitos por Akai, Casio, SSSounds, e Yamaha, entre outros. Eles são todos controlados pela respiração e vários equipados com buracos sensíveis à pressão, chaves ou blocos. Eles podem ser programados para produzir o som de quase qualquer instrumento, inclusive a flauta doce. Eles são capazes de fazer o glissando, o portamento, os acordes, “ataque de timbre” (um tipo de chorusing) e outros efeitos. Alguns podem ser programados para tocar com as digitações de vários instrumentos acústicos. O primeiro EWI foi denominado de “Steinerphone” desenvolvido do Instrumento de Válvula Eletrônico (EVI ou trompete eletrônico) protótipo de Nyle Steiner (Black 1997 Cole 1999). Steiner vendeu os seus protótipos depois a Akai que continuou o seu desenvolvimento. Outro antigos EWIs incluem o Lyricon da Computone Inc. (1972) e seus derivados, culminando nos sintetizadores Yamaha de sopro.
EWI da Yamaha
Lyricon
EWIs foram projetados para serem usados com um sintetizador. Atualmente os EWIs disponíveis incluem o Akai EWI 3020; Casio série DH; Inovações como o Midiwind MW-1 da Fm7, SSSound Sting EW1; Suzuki Wind Controller SRW-100; YAMAHA WX5. O Yamaha EW30 WindJamm'r foi uma versão agora encerrada do WX11 com o chip do próprio módulo de som WT11 da Yamaha (Rees 1995).
WX5 da Yamaha
Vários fabricantes modificaram a flauta doce para fazê-la mais satisfatória para crianças. Assim Joachim Kunath, projetou flautas doce pentatônicas de 5 e de 7 tons, flautas doce diatônica e flautas doce soprano especiais para uso nas escolas Waldorf (Steiner). Semelhantemente, “Choroi Instruments Diatonic”, fez as flautas doce pentatônicas e a denominada “flauta de intervalo” com duas notas em um só buraco. Moeck recentemente lançou uma flauta doce pentatônica, a “Flauto Penta”. A Suzuki Precorder PRE-1 é um flauta doce de plástico de duas peças com buracos elevados para uso na pré-escola. E o Teclado Suzuki Flauta Doce ANDES-25 é uma flauta doce operada por um teclado estilo Melodion.
Flauta Doce Pentatônica Flauta de Intervalo
Precorder da Suziki
O plástico foi usado para produção de flautas doce feita à mão como também para a produção de modelos. Loretto (1993) relaciona um conto apócrifo ao feito pelos pioneiros da revivificação da flauta doce alemã. Ferdinand Conrad teve sucesso em convencer Martin Skowroneck para fazer um plástico instrumental para ele. Skowroneck, ansioso que tal flauta doce não fosse tocada em público, fez o plástico de um violento colorido azul, uma característica que seria considerada uma virtude pelos tocadores de hoje! Realmente flautas doce de cor são feitas hoje pela firma Mollenhauer. Flautas doce sem cor em plexiglass são feitas por Thomas Boehm, Pietro Sopranzi, e Twaalfhoven. Marco Piga fez flautas doce de cerâmica depois de Stanesby. Um empreendedor fabricante amador, Joseph Wiesniewski, está experimentando atualmente com vidro.
Flautas Doce de cor da Mollenhauer
Vários fabricantes fazem a flauta doce de materiais compostos. Mollenhauer faz a “flauta doce Prima” com uma cabeça de plástico e um corpo de madeira que encontrou aceitação entre os tocadores interessados por música popular, ver Jean-François Rousson (França), Evelyn Nallen (Reino Unido). Um modelo similar é oferecido por Moeck como o modelo “Flauto I Plus”. Hohner comercializa o modelo “Melodia” com uma cabeça de plástico e um corpo de madeira (pearwood). Uma inovação surpreendente da Hohner é uma flauta doce com corpo e cabeça de madeira e com plástico inserido na parte superior que forma o windway e a extremidade cortante do lábio.
A Flauta Doce Prima A Flauta Doce Prima Penta
Vários fabricantes tentaram achar uma solução para o problema perene de condensação na estreita janela (windway) da flauta doce. Uma aplicação patenteada de 1962 ( E.U.A. Patente #3178986, Patente #1235122 alemã) foi feita por Hermann Moeck que mostra que o windway deveria ser fabricado no todo ou em parte por materiais absorventes e estáveis. A patente final registrada em 1974 ( E.U.A. Patente #3988956, Patente #2432423 alemã) usava um desenho diferente no qual um absorvente artificial muito estável, como giz, foi inserido no chão de um bloco de madeira normal. Porém, o material cerâmico do qual o suplemento absorvente foi feito corroeu por causa do coquetel de comida e a presença de álcool da respiração de tocadores de flauta doce, conquanto necessitando consertos caros. Vários fabricantes experimentaram um sistema de canais colocados longitudinalmente no windway para facilitar a saída do fluxo de saliva condensada para longe desta área sensível (Stephenson 1987). A idéia posterior, inspirada por certas flautas doce de Markneukirchen feitas no início do século XX, foi implementada em flautas doce de plástico soprano e contralto projetadas por Hohner para uso escolar.
Alguns fabricantes experimentaram flautas doce de tamanho extremo. Num extremo está a flauta doce sub-contrabaixo, num outro a flauta doce “piccolino” em f''' de Twaalfhoven (uma oitava acima do sopranino). Elas provavelmente serão para sempre a maior e menor flauta doce. Para fazer tocar a piccolino, intercalam-se os dedos de ambas as mãos.
A Flauta Doce Sub-Contrabaixo de Adriana Breuking
Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Concerto do dia 16 de setembro de 2009

Música na Escola de Música Apresenta
David Castelo, flautas doce
9:20
teatro da EMAC/UFG

David Castelo- Professor da Universidade Federal de Goiás, David Castelo estudou regência na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é formado em flauta doce pela Faculdade Santa Marcelina - SP, na classe da prof. Isa Poncet. No período de 1998 a 2003, estudou no Conservatório Real de Haia (Holanda), orientado por Reine-Marie Verhagen e Peter van Heyghen. Nesta instituição obteve o "The Post-Graduate Certificate for Advanced Studies"; o "The First Phase Diploma" e o "The Seconde Phase Diploma" (Master’s of Music - Soloist Diploma), sendo esta a mais alta titulação concedida a um instrumentista na Europa. Ao longo de sua formação estudou com: Ricardo Kanji, Edmundo Hora, Cléa Galhano, Hugo Reyne, Sébastien Marq, Marion Verbruggen e Kees Boeke.
Como intérprete e palestrante, tem atuado nas principais capitais brasileiras bem como na Holanda, Alemanha e Itália, destacando-se os seguintes eventos: Festival Internacional Bach, solista junto à Orquestra Barroca do Conservatório Real de Haia (dir. Jaap ter Linden), Rotterdam, (Holanda), 1999; Festival Internacional Bach de Amsterdam, solista junto à Orquestra Colegium Musicum (dir. Tini Mathot), Holanda, 2001; Concerto de Abertura do Congresso Internacional Jeroun Bosch, Den Bosch (Holanda), 2001; Festival Internacional de Música Antiga de Deventer, solista junto à orquestra Colegium Musicum Den Haag, Deventer (Holanda), 2002; Master Class de flauta doce, Conservatório de Tatuí, São Paulo, 2003; Concerto Barroco, solista junto à Orquestra Sinfônica Nacional (dir. Ligia Amadio), Rio de Janeiro, 2003; After-Christmas Concert, Solista junto a orquestra Concerto Rotterdam (dir. Marien van Staalen), Rotterdam, 2003; XII Curso Internacional sobre o Método Kodály – Oficina de Flauta doce, São Paulo, 2004; Semana de Música da Universidade Federal de Uberlândia - Curso de Flauta doce, Uberlândia(MG), 2004; Festival Internacional de Música de São Caetano do Sul, São Caetano do Sul(SP), 2000, 2001, 2004 e 2005; Projeto Música Sacra e de Devoção - Curador, Centro Cultural Banco do Brasil, 2005 e Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (SP), 2004 e Rio de Janeiro(RJ) 2005; Festival de Música de Londrina, Londrina (PR), 2007; Projeto: Os Jesuítas e sua Música para Catequese - Diretor Musical, Fortaleza (CE), 2008; Curso Internacional de Brasília, Brasília (DF), 2009; I Colóquio de Música Antiga da UFG – Coordenador, Goiânia (GO), 2009.
PROGRAMA


Hyohei Hirose (1930-2008)
Meditation


Jacob van Eyck (ca. 1590 – 1657)
Bravade
Wat zalmen op den Avond doen

G. Ph. Telemann (1681-1767)
Fantasia III em Si menor
Largo-vivace-largo-vivace; Allegro


H. U. Staeps (1909-1988)
Virtuose Suíte
Allegro deciso
Allegreto
Andante moderato com grand’espresione
Presto possibile

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Concerto do dia 09 de setembro de 2009

MÚSICA NA ESCOLA DE MÚSICA
APRESENTA



VANESSA BERTOLINI, CANTO
SERGIO DI PAIVA, PIANO

Dia 0909 – 09:20


VANESSA BERTOLINI
É MAESTRINA E CANTORA LÍRICA. LECIONA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. POSSUI O MESTRADO EM PERFORMANCE MUSICAL PELA UFG. INICIOU-SE NO CANTO COM O PROF. MS. MARCONI ARAÚJO E JÁ FOI ORIENTADA TAMBÉM POR: PROFA. HELLY ANNE CARAM, PROFA. DRA. ÂNGELA BARRA E PROFA. MARIA BARTIRA. FOI VENCEDORA DO 2˚ LUGAR NO “VII CONCURSO INTERNACIONAL DE CANTO BIDU SAYÃO” EM 2006. FOI VENCEDORA DO 2O. LUGAR NO “CONCURSO NACIONAL DE CANTO” REALIZADO PELA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA UFG EM 2003. EM OUTUBRO DE 2000, JUNTAMENTE COM A ASSOCIAÇÃO CORO FEMININO DE BRASÍLIA, APRESENTOU-SE PARA O PAPA JOÃO PAULO II, NO VATICANO. PELA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) GRADUOU-SE EM REGÊNCIA E ESPECIALIZOU-SE EM CANTO LÍRICO. JÁ SE APRESENTOU EM MAIS DE DEZ PAÍSES, FEZ PARTE DO ELENCO DE DIVERSAS ÓPERAS E MUSICAIS E JÁ ESTEVE SOB A BATUTA DOS SEGUINTES MAESTROS: ÂNGELO DIAS, BIANCA ALMEIDA, CARLOS VITORINO, HENRIQUE MORELENBAUM, EMÍLIO DE CÉSAR CARVALHO, ELENA HERRERA, JOHN RUTTER, LEE KJELSON, GIUSEPPE CATALDO, HENRY KECK, JÚLIO MEDALHA, JOAQUIM THOMAS JAYME, MARSHAL GAIOSO, WESTON NOBLE, PAUL OAKLEY, SÍLVIO BARBATTO, DAVID JUNKER, MARCONI ARAÚJO, VINÍCIUS CARNEIRO E VLADIMIR FIUZA.

SÉRGIO DE PAIVA
INICIOU-SE NA MÚSICA AOS 8 ANOS DE IDADE, ESTUDANDO ÓRGÃO E TECLADO. POSTERIORMENTE, TEVE CONTATO COM GRUPOS VOCAIS E CORAIS, O QUE O ESTIMULOU A DESENVOLVER O TRABALHO COMO PIANISTA CORREPETIDOR. COMEÇOU A ESTUDAR PIANO NO C.C. GUSTAV RITTER. EM 1993 INICIA SEU TRABALHO JUNTO AO ANTIGO CORO MUNICIPAL DE GOIÂNIA; PRIMEIRAMENTE, COMO CORISTA, DEPOIS COMO PIANISTA, REGENTE ASSISTENTE, E, POR ÚLTIMO, COMO REGENTE DO MESMO. CONCLUIU, EM 1998, O CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA, E, EM 2003, O CURSO DE BACHARELADO EM PIANO, SOB ORIENTAÇÃO DA PROFª MARÍLIA LABOISSIÈRE. ATUALMENTE, SUA PRODUÇÃO COMO PIANISTA ABRANGE PRINCIPALMENTE A ÁREA DE CORREPETIÇÃO CORAL E DE CANTORES ERUDITOS. É REGENTE DO CORO INFANTIL DO COLÉGIO DELTA. ATUA COMO PIANISTA CORREPETIDOR DO CORO SINFÔNICO DE GOIÂNIA (ORQUESTRA SINFÔNICA DE GOIÂNIA). TRABALHOU JUNTO À CLASSE DE STUDIO ÓPERA DA EMAC-UFG, NA MONTAGEM E PREPARAÇÃO DE TRÊS ESPETÁCULOS CONSECUTIVOS. É PROFESSOR SUBSTITUTO DA EMAC-UFG, NA ÁREA DE ACOMPANHAMENTO AO PIANO. É MESTRE EM PERFORMANCE MUSICAL PELA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, ORIENTADO PELO PROF. DR. ÂNGELO DIAS.


PROGRAMA


VERDI (1813-1901)
Sempre Libera (da ópera La Traviatta)

PUCCINI (1858-1924)
Quando me'n vo (da ópera La Bohème)

PUCCINI (1858-1924)
Chi il bel Sogno di Doretta (da ópera La Rondine)

BIZET (1838-1875)
Je dis que rien ne m'épouvante (da ópera Carmen)

DEBUSSY (1862-1918)
L'anée un vain chasse l'anée (da ópera L'enfant Prodigue)

CARLOS GOMES (1836-1896)
Ciel di Parayba (da ópera Lo Schiavo)

MENOTTI (1911-2007)
Monica's Watz (da ópera A Médium)






segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Viola da Gamba

A viola da gamba surgiu no final do séc. XV na Espanha sob a influência de um instrumento árabe chamado "rabab". Seu nome em italiano significa "viola de perna". Através de sua história ela foi utilizada em três tamanhos: a viola da gamba soprano, a tenor e a baixo, todas com seis cordas e sete trastos. A viola da gamba baixo de sete cordas surgiu na França no séc. XVII, como importante instrumento solista e de acompanhamento. Todos os tamanhos do instrumento utilizam a mesma técnica para o seu aprendizado e execução. Historicamente, atribui-se a esse instrumento a característica de imitar as vozes humanas, devido à sua sonoridade anasalada. O repertório para a viola da gamba é bastante vasto. No repertório do período renascentista temos a oportunidade de executar peças de vários países tais como: Inglaterra, Espanha, Itália, França, Alemanha entre outros. O repertório para conjunto e solista é muito amplo, sendo o período entre o séc XVII e o séc. XVIII considerado o seu apogeu como instrumento solista. Na França, compositores como Marin Marais (1656-1728), Antoine Forqueray (1671-1745) e outros, escreveram importantes coletâneas para esse instrumento. Na Alemanha J. S. Bach inseriu a gamba em peças de música de câmara assim como cantatas. Nos dias de hoje a atuação de grupos que utilizam instrumentos de época é grande. Na Europa e Estados Unidos encontramos inúmeras orquestras barrocas, grupos de música de câmara e grupos especializados em música da renascença que utilizam a viola da gamba como instrumento solista, de conjunto ou para o baixo contínuo. Os quartetos e quintetos de viola da gamba atuam na divulgação do repertório escrito exclusivamente para esta formação. No Brasil, a música antiga intensifica a abertura de seu espaço dentro do mercado de trabalho. Grupos cada vez mais preocupados com a sonoridade e autenticidade de suas performances florescem em todas as regiões do Brasil.