
Uma das figuras emblemáticas do romantismo. Desde muito cedo mostrou inclinação para a música e também para a literatura. Foi conduzido, ao longo da vida, por uma forte sensibilidade artística e são conhecidas várias narrativas de como suas inclinações foram despertadas através dos encontros com obras, artistas e músicos. Conta-se que na infância sua decisão de se tornar músico quando, em 1819, escutou Moschelles, um dos criadores do estilo apropriado de se tocar piano. Outra história que se narra é a do impacto do virtuosismo de Paganini ao violino, que se fez com que se dedicasse ao estudo do piano com o objetivo de se tornar um virtuose. Na infância, seus pendores literário foram estimulados pelo pai, proprietário de uma livraria, de onde Robert podia selecionar, sem restrições, o que mais lhe interessasse. Esta formação liberal teve enormes coseqüências na vida adulta e na personalidade de Schumann, uma vez que, ao se decidir pela música, não abandonou a escrita literária, que o auxiliou no sustendo durante alguns anos, graças ao periódico musical Neu Zeitschrift für Musik (Nova Revista sobre Música). Esta publicação consta como pertencente a uma sociedade musical, Die Davidsbündler (Os Amigos de Davi) cujos membros reais e fictícios se misturavam, como Florestan e Euzebius, dois "personagens" literários musicais, que serviam como máscaras do próprio Schumann, tanto para os textos quanto para as composições. Esta sociedade se reunia para promover a arte, a literatura e a música de qualidade contra os "filisteus", os maus críticos e os artistas puramente acrobáticos e circenses.A vida de Schumann está profundamente ligada às diferentes fases criativas. O piano sempre foi seu instrumento de preferência e durante muitos anos escreveu exclusivamente para ele. Seu casamento com Clara Wieck, uma pianista renomada e filha de seu professor, serviu de estímulo para a composição de peças sinfônicas eum grande número de doações. Como suas obras puramente musicais estão eivadas de espírito literário, expôs nas canções o que estava implíncito musicalmente. As Cinco Peças em estilo popular Op. 102 para violoncelo e piano, foram compostas em 1849. Dedicadas a Andreas Grabau, violoncelista da Orquestra da Gewandhaus. O próprio título é elucidativo quanto ao estilo das peças. A primeira, Vanitas vanitatum, alude à sagrada escritura; a segunda é calma e precede uma pastoral; a quarta, de carácter mais decidido, prepara a peça que encerra o conjunto com um tom mais dramático.
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