segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Viola da Gamba

A viola da gamba surgiu no final do séc. XV na Espanha sob a influência de um instrumento árabe chamado "rabab". Seu nome em italiano significa "viola de perna". Através de sua história ela foi utilizada em três tamanhos: a viola da gamba soprano, a tenor e a baixo, todas com seis cordas e sete trastos. A viola da gamba baixo de sete cordas surgiu na França no séc. XVII, como importante instrumento solista e de acompanhamento. Todos os tamanhos do instrumento utilizam a mesma técnica para o seu aprendizado e execução. Historicamente, atribui-se a esse instrumento a característica de imitar as vozes humanas, devido à sua sonoridade anasalada. O repertório para a viola da gamba é bastante vasto. No repertório do período renascentista temos a oportunidade de executar peças de vários países tais como: Inglaterra, Espanha, Itália, França, Alemanha entre outros. O repertório para conjunto e solista é muito amplo, sendo o período entre o séc XVII e o séc. XVIII considerado o seu apogeu como instrumento solista. Na França, compositores como Marin Marais (1656-1728), Antoine Forqueray (1671-1745) e outros, escreveram importantes coletâneas para esse instrumento. Na Alemanha J. S. Bach inseriu a gamba em peças de música de câmara assim como cantatas. Nos dias de hoje a atuação de grupos que utilizam instrumentos de época é grande. Na Europa e Estados Unidos encontramos inúmeras orquestras barrocas, grupos de música de câmara e grupos especializados em música da renascença que utilizam a viola da gamba como instrumento solista, de conjunto ou para o baixo contínuo. Os quartetos e quintetos de viola da gamba atuam na divulgação do repertório escrito exclusivamente para esta formação. No Brasil, a música antiga intensifica a abertura de seu espaço dentro do mercado de trabalho. Grupos cada vez mais preocupados com a sonoridade e autenticidade de suas performances florescem em todas as regiões do Brasil.





Nenhum comentário:

Postar um comentário